Ação de Casas Bahia sobe 32%
as ações da Casas Bahia apresentaram uma valorização impressionante de 34,19%
Com a aprovação da recuperação extrajudicial pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, as ações da Casas Bahia apresentaram uma valorização impressionante de 34,19%, alcançando R$7,30 ainda nesta segunda-feira. Isso se traduz em um alívio para o caixa da empresa, possibilitando a concentração em seu plano transformacional. Apesar de um ano desafiador com uma queda acumulada de quase 36%, a medida é vista com otimismo pelo mercado.
Especificações do plano de recuperação conforme análise de mercado
Analistas como os do Bradesco BBI classificam a decisão como “muito positiva”, destacando a oportunidade para Casas Bahia remodelar seus fluxos de caixa e focar na execução de transformações sem as pressões de liquidez de curto prazo. Esta estratégia inclui a extensão dos prazos de amortização das dívidas e uma carência significativa para juros e principal, melhorando substancialmente o perfil de endividamento da empresa.
Condições e implicações do acordo de recuperação
Segundo a legislação vigente, representada pelo artigo 163 da Lei 11.101/2005, a recuperação foi aceita após a concordância de credores que somam mais da metade dos créditos envolvidos. Por este plano, determina-se a suspensão de todas as execuções judiciais contra a Casas Bahia por 180 dias, prazo no qual a empresa deve provar a comunicação efetiva com os credores afetados.
O acordo incluiu importantes instituições financeiras como Bradesco e Banco do Brasil e preservou R$4,3 bilhões em caixa da empresa até 2027, favorecendo um ambiente menos pressionizado para a gestão focar em estratégias de longo prazo e recuperação.
O futuro da Casas Bahia e expectativas de mercado
Com o reperfilamento da dívida, a empresa espera não apenas melhorar sua liquidez mas também o custo de capital, passando o prazo médio da dívida de 22 para 72 meses e reduzindo o custo médio em 1,5 ponto percentual. No entanto, especialistas do Safra alertam para o aumento no pagamento total de juros que poderia afetar o fluxo de caixa no futuro.
Além disso, está no horizonte o lançamento de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), que poderia impulsionar as vendas ao conceder mais crédito aos clientes. A aprovação definitiva do plano é esperada em até 40 dias, reforçando um sentimento geral positivo por parte dos analistas quanto ao futuro da Casas Bahia.
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