Acabou a tinta da caneta de Nunes… literalmente
Em três blocos, o debate que encerra a campanha eleitoral no rádio e na TV ocorre em um tom estranhamente civilizado
A tinta da caneta do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), acabou durante o debate da TV Globo, realizado na noite da noite desta quinta-feira, 3. A afirmação foi dada pelo próprio chefe do Poder Executivo.
“Anotei tanto aqui as questões desse debate que a minha tinta acabou”, declarou o prefeito.
Em três blocos, o debate que encerra a campanha eleitoral no rádio e na TV ocorre em um tom estranhamente civilizado. Apenas no terceiro bloco é que ocorreram alguns ataques, via Pablo Marçal (PRTB), ao candidato Guilherme Boulos (PSOL). Marçal fez referências ao extremismo de Boulos em uma dobradinha com Datena.
O prefeito de São Paulo tem sido o alvo preferencial dos demais concorrentes. O apresentador José Luiz Datena (PSDB), Boulos e Tabata Amaral (PSB-SP) criticaram duramente a atual gestão paulistana. A deputada, inclusive, classificou a gestão de Nunes como “medíocre” após ser questionada por Boulos sobre a gestão Nunes.
Ignorado o máximo possível pelos demais concorrentes, Marçal adotou o arquétipo de bom governante e fez algumas dobradinhas inusitadas, como uma com Datena, na qual discutiram segurança pública.
“Jogo desigual”
“Há um roubo que é bem pior que é o do dinheiro público. Estou em um jogo desigual, e as pessoas que estão aqui, exceto eu, gastaram mais de 100 milhões de reais em dinheiro público”, disse Marçal ao ser questionado por Datena como poderia reduzir a criminalidade na capital paulista.
“São Paulo viverá jejum de crime. Bandido vai ter que praticar essas coisas em outras cidades”, acrescentou.
Até o momento, houve apenas um único embate entre os candidatos: entre Tabata e Nunes, quando a parlamentar criticou a gestão do emedebista.
“Ele não responde [às críticas] e diz que [São Paulo] ainda está a oitava maravilha”, declarou a parlamentar. “Acho que não precisa ofender, nós estamos aqui em um debate para trocar ideias. A senhora poder ter falado porque não votou no projeto de aumento de pena dos criminosos”, emendou Nunes.
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