Abin se afasta de Ramagem para não “macular imagem”
Abin falou em "desvios de conduta que tenham sido praticados por grupo ligado ao ex-diretor-geral Alexandre Ramagem"
A Abin emitiu uma nota oficial falando “desvios de conduta” na agência de espionagem que teriam sido cometidos por um “grupo ligado” ao ex-diretor-geral e hoje deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ; foto).
A informação é do Globo, publicada nesta sexta-feira, 1º de fevereiro.
A nota responde a uma outra reportagem do jornal que apontou relatórios da Abin paralela relacionados a fake news sobre as urnas eletrônicas em 2020.
A agência afirmou que “desvios de conduta que tenham sido praticados por grupo ligado ao ex-diretor-geral Alexandre Ramagem, no governo passado, estão sendo investigados pelos órgãos competentes e não podem macular a imagem da Abin enquanto instituição”.
‘Há mais de 20 anos, a Abin é parceira do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na garantia da segurança do processo eleitoral e da integridade das urnas eletrônicas”, acrescentou.
Contextualização do Caso
Segundo o Globo, mensagens trocadas entre oficiais da agência revelaram a produção de um relatório informal, que foi enviado por WhatsApp, sobre notícias falsas vindas das redes sociais com ataques às urnas eletrônicas. A ordem para a análise teria sido dada por Ramagem.
Até o momento, o ex-diretor-geral e deputado federal não se manifestou a respeito.
No mês de julho de 2020, as postagens falsas que circulavam nas redes sociais envolviam a empresa Positivo Tecnologia, que havia vencido uma licitação do TSE para fornecer novas urnas eletrônicas para as eleições.
Os posts associavam, sem fundamento, um dos fundadores da Positivo, o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), que havia se desligado da empresa em 2012, ao ex-ministro da Justiça Sergio Moro e a uma empresa chinesa.
Havia, ainda, especulações falsas de ligação da Positivo Tecnologia com a esquerda e o PT, partido do então presidenciável Lula.
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