Abaixo a censura à PF, mas viva a censura à PF
O Antagonista acha que, quanto mais mordaças os comissários petistas impõem a funcionários públicos, tanto melhor para a democracia. A afirmação, de caráter geral, aqui diz respeito especificamente às normas do recém-lançado código de ética da Polícia Federal...
O Antagonista acha que, quanto mais mordaças os comissários petistas impõem a funcionários públicos, tanto melhor para a democracia. A afirmação, de caráter geral, aqui diz respeito especificamente às normas do recém-lançado código de ética da Polícia Federal.
Elas, basicamente, limitam o direito de o policial expressar-se politicamente e de opinar em público, sem prévia autorização, sobre investigações em andamento ou a respeito do comportamento em serviço de colegas de corporação.
Por que achamos bom? Porque a nossa experiência jornalística mostra que esse tipo de proibição, no Brasil, produz o efeito contrário: estimula o sujeito a falar o que realmente pensa e revelar o que os seus superiores tentam esconder.
Foi assim quando a PF tentou sumir com a fotografia que mostrava a montanha de dinheiro com que os aloprados tentaram comprar um dossiê fajuto contra José Serra, em 2006. Foi assim quando o superintendente da corporação, em São Paulo, quis acobertar o encontro secreto entre um segurança de Lula e um aloprado preso na carceragem da PF. A ordem era calar a boca, dissimular, intimidar — e nada disso deu certo. Pelo contrário, os vetos deram força a que policiais abrissem o jogo com a imprensa.
Portanto, abaixo a censura à PF, mas viva a censura à PF.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)