A “vida de mensaleiro” de um delegado condenado
O delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Maurício Demétrio Afonso Alves, foi condenado a quase dez anos de prisão, em regime fechado, por crime de obstrução de justiça. A decisão da Justiça impede que ele recorra em liberdade...
O delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Maurício Demétrio Afonso Alves, foi condenado a quase dez anos de prisão, em regime fechado, por crime de obstrução de justiça. A decisão da Justiça impede que ele recorra em liberdade.
De acordo com reportagem da CNN Brasil, durante as investigações, foram encontradas provas de que o delegado levava um padrão de vida muito superior à sua renda como policial. Ele possuía mansões em Angra dos Reis, frequentava viagens internacionais em classe executiva, possuía diversos carros blindados e mantinha uma residência luxuosa. Além disso, foi encontrada uma grande quantia em dinheiro em sua casa.
Segundo O juiz responsável pelo caso destacou áudios nos quais Demétrio se vangloriava de levar o que chamava de “vida de mensaleiro”, fazendo referência ao escândalo de corrupção na política brasileira em 2005.
A condenação foi agravada pelo fato de o réu ser um delegado de polícia, um profissional encarregado de promover investigações criminais. O juiz ressaltou que é paradoxal um profissional com tamanha responsabilidade atuar para obstruir a justiça.
Além da pena de prisão, o delegado terá que pagar uma multa no valor de mais de R$ 367 mil. A decisão também determina a perda imediata do cargo e qualquer outra função pública que o réu poderia ocupar.
O delegado já havia sido preso em 2021 sob suspeita de comandar um esquema de propina para permitir a venda de roupas falsificadas. Além disso, ele é investigado por tentar impedir as investigações da Corregedoria da Polícia Civil, abuso de autoridade, denunciação caluniosa e fraude processual.
O Ministério Público do Rio também está investigando Demétrio e outro delegado, Allan Turnowski, por supostas ligações com o jogo do bicho e por planejar prejudicar adversários políticos usando informações privilegiadas.
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