A tropa digital do capitão Bolsonaro
Luiz Weber falou sobre a escolha de Jair Bolsonaro de engajar as falanges das redes sociais em detrimento de seus 58 milhões de eleitores...
Luiz Weber falou sobre a escolha de Jair Bolsonaro de engajar as falanges das redes sociais em detrimento de seus 58 milhões de eleitores:
“Bolsonaro continua com o quepe de capitão. Fala para sua pequena tropa. No Exército, os capitães comandam companhias — entre 60 e 250 militares subalternos. Se progridem na carreira, passam a liderar mais gente. Dia desses, o presidente comemorou com um sinal de OK no Twitter a chegada a 3,4 milhões de seguidores.
No universo das celebridades digitais, esse estoque pode render almoço grátis em churrascaria ou ingresso para show sertanejo. Na política, no mundo real, os efeitos dessa popularidade são duvidosos. Dilma tem 6,1 milhões de seguidores e, fora uma ou outra curtida, vive no ostracismo.
Bolsonaro teve quase 58 milhões de votos, pessoas de carne e osso que enxergaram nele uma alternativa ao status quo anterior, mas ainda se comporta como líder de uma pequena companhia de quartel. Quando usa sua rede social, fala para um grupo muito restrito. Às vezes, pior: faz eco à desordem e ao sectarismo.”
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