A tensão voltou à política de Pernambuco
O prefeito do Recife, João Campos (PSB), evitou criticar a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), em entrevista publicada pela Folha neste domingo (23). Mas criticou...
O prefeito do Recife, João Campos (PSB), evitou criticar a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), em entrevista publicada pela Folha neste domingo (23). Mas criticou.
Depois de dizer que cabe à população avaliar o governo da tucana, Campos aproveitou um empurrãozinho do repórter para dizer que “as pessoas podem avaliar se há aumento de violência, se há fechamento de hospital, se há briga para impedir o Recife de abrir uma unidade de saúde, se tem paralisação de obras que vinham acontecendo, se tem rescisão de convênios com municípios do estado, quem avalia são as pessoas”.
Campos já tinha usado essa mesma construção, de enumerar críticas indiretas a seu principal obstáculo na perspectiva de se eleger governador em 2026. Antes, contudo, ele precisa se reeleger prefeito, e deixou claro na entrevista que conta com o apoio de Lula na empreitada. “Daqui para eu ser reeleito, o caminho é muito longo”, disse o prefeito ao ser questionado sobre se completaria um possível segundo mandato.
Pesquisa divulgada pelo Instituto Paraná em abril aponta Campos como franco favorito à reeleição, bem à frente da segunda colocada, Marília Arraes (Solidariedade), que perdeu o segundo turno da eleição do ano passado em Pernambuco para Raquel.
Depois que Eduardo Campos, o falecido pai de João, chegou ao governo do estado, em 2007, o PSB comandou Recife e Pernambuco em harmonia, a partir da eleição de Geraldo Júlio para a prefeitura, em 2012. A hegemonia foi quebrada na última eleição por Raquel, que também se esquivou de analisar a gestão de Campos em sua passagem recente pelo Roda Vida, da TV Cultura.
“As pessoas podem avaliar se há aumento de violência, se há fechamento de hospital, se há briga para impedir o Recife de abrir uma unidade de saúde, se tem paralisação de obras que vinham acontecendo, se tem rescisão de convênios com municípios do estado, quem avalia são as pessoas”, disse a governadora.
A tensão está no ar.
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