A proposta de volta do imposto sindical (com outro nome)
Nos estertores de 2019, O Antagonista descobriu que se preparava a volta do imposto sindical, com outro nome (para tentar disfarçar o absurdo)...
Nos estertores de 2019, O Antagonista descobriu que se preparava a volta do imposto sindical, com outro nome (para tentar disfarçar o absurdo). Foi o que revelou o site, com exclusividade, no início de dezembro.
O texto foi elaborado por luminares encarregados de apresentar um projeto de reforma sindical e pertencentes ao Grupo de Altos Estudos do Trabalho, ligado ao Ministério da Economia e sob a batuta de Rogério Marinho. Seria uma PEC, acompanhada de projeto de lei para alterações legislativas infraconstitucionais.
Por mais que Rogério Marinho, secretário especial da Previdência, tenha corrido para o Twitter para acusar o site de publicar “fake news” (fake news, uma ova, Marinho), O Antagonista apurou que o novo imposto tinha até nome: “taxa de liberdade sindical obrigatória”.
O valor do imposto ainda não estava definido. Inicialmente, Hélio Zylberstajn, do Grupo de Altos Estudos do Trabalho, pensou no equivalente a meio dia de trabalho por ano. Até o momento da publicação da notícia, contudo, o valor imaginado havia caído para um quarto de um dia de trabalho por ano.
Depois da reação inicial contra o site, Marinho acalmou-se e afirmou que a proposta de membros do GAET não seria acolhida de jeito nenhum. Que o governo não havia batido o martelo, como publicado pelo site. Bolsonaro também fez questão de dizer que o imposto sindical jamais seria reinstituído — mas não falou em “fake news”.
O preço da eterna vigilância não é tão caro como o da volta da estrovenga.
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