A preocupação do chanceler de Lula com as eleições na Venezuela
Mauro Vieira alegou a senadores durante audiência que o governo brasileiro trabalhou para que o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciasse a data do pleito
O chanceler Mauro Vieira afirmou que o Brasil está “muito preocupado” dar apoio para que as eleições na Venezuela sejam “transparentes” e “aceitas por todos”. O ministro participa nesta quinta-feira, 14, de uma audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado.
Questionado pelo senador Esperidião Amin (PP-SC) sobre a leniência do presidente Lula (PT) com o ditador Nicolás Maduro, o ministro afirmou que a diplomacia brasileira e o governo atuaram para que o venezuelano anunciasse a data do pleito. O ditador convocou as eleições para 28 de julho, justamente para o dia do aniversário de Hugo Chávez, morto em 2013.
Quem manda é Maduro
“O que queremos e nos preocupa muito é apoiar para que haja eleições justas, transparentes, abertas e aceitas por todos”, disse o ministro.
O ministro ponderou que a lei venezuelana não estabelece uma data específica para eleições e que cabe justamente ao poder Executivo do país as convocações de pleitos.
Recentemente, Lula relativizou a ditadura de Maduro e minimizou a oposição venezuelana. Questionado se o pleito será justo, o petista fez uma comparação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sem citá-lo nominalmente.
“Eles me disseram que vão convidar olheiros do mundo inteiro. Se o candidato da oposição tiver o mesmo comportamento do nosso aqui [Bolsonaro], nada vale”, disse Lula ao chegar no Palácio do Itamaraty.
A declaração de Lula foi feita após o regime de Maduro inabilitar politicamente sua principal opositora e desafiante, Maria Colina Machado. O ditador também anunciou recentemente a expulsão de funcionários da agência da ONU de direitos humanos do país.
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