A política no Rio é refém do crime
Quem faz campanha de rua no Rio de Janeiro precisa de autorização para entrar nos territórios dominados pelas facções - como o Comando Vermelho - ou pelas milícias - como o Escritório do Crime. Significa dizer que qualquer política de segurança pública...
Quem faz campanha de rua no Rio de Janeiro precisa de autorização para entrar nos territórios dominados pelas facções – como o Comando Vermelho – ou pelas milícias – como o Escritório do Crime.
Significa dizer que qualquer política de segurança pública já nasce comprometida com um dos lados do crime organizado, seja qual for o político que chegue ao Legislativo ou Executivo estaduais.
Mas não é só isso. Além da divisão territorial, a economia do estado também está clusterizada em máfias setoriais, que parasitam o poder público, como o transporte público e as organizações sociais que fazem a gestão do sistema de saúde.
Da mesma forma, o aparelhamento histórico das estatais estaduais, em simbiose com sindicatos corruptos, engessam qualquer tentativa de reforma estrutural que melhore os serviços públicos.
Como bem escreveu Mario Sabino, trata-se de um processo histórico de degradação institucional. Roberto Campos diria que a única saída para o Rio é o Galeão. Difícil discordar.
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