Após uma pesquisa do Datafolha mostrar uma disparada de Pablo Marçal (PRTB; foto) na disputa à prefeitura de São Paulo, ultrapassando o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e colando em Guilherme Boulos (PSOL), o ex-coach garantiu que o crescimento será maior.

“Somos só NÓS (o povo e Deus) contra tudo e todos. A piada virou pesadelo e não vai ter segundo turno.”

Pouco depois, a sua assessoria complementou a fala — com um ataque velado a Boulos, Nunes e José Luiz Datena (PSDB): “Eu vou bater forte nesses covardes que não foram ao debate. Usarei ferramentas novas de PNL [Programação Neurolinguística] contra eles. Será a eleição mais dinâmica da história do país.”

A pesquisa divulga na tarde desta quinta-feira, 22, mostrou um crescimento de sete pontos percentuais, aparecendo com 21% das intenções de voto, empatado tecnicamente com o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP, 23%) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB, 19%) na liderança da corrida pela Prefeitura de São Paulo.

O levantamento divulgado nesta quinta-feira, 22, confirma movimento apontado na quarta-feira, 21, por pesquisa do instituto AtlasIntel, que indicou alta de cinco pontos percentuais nas intenções de voto para Marçal após os primeiros debates na capital paulista.

Na pesquisa Datafolha, Boulos oscilou um ponto para cima em duas semanas, de 22% para 23%, enquanto Nunes caiu quatro pontos, de 23% para 19%, assim como o apresentador José Luiz Datena (PSDB), que foi de 14% para 10%.

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) foi de 7% para 8% e é seguida pela empresária Marina Helena (Novo), que permaneceu com 4%. Brancos e nulos somam 8%, três pontos a menos do que na última pesquisa, e não souberam responder 4%, um ponto a mais do que o levantamento anterior.

A pesquisa foi feita em 20 e 21 e agosto e tem margem de erro de três pontos percentuais. Foram ouvidos 1.204 eleitores na capital paulista.

Protagonista

Marçal se tornou o protagonista da campanha pela Prefeitura de São Paulo após a postura provocativa nos primeiros debates. Seu desempenho levou Nunes, Boulos e Datena a faltarem ao debate promovido pela Veja, quando foram classificado como “fujões” por quem apareceu.

Com a candidatura questionada legalmente em várias frentes, Marçal passou a ser confrontado nesta semana pela família Bolsonaro, seus aliados até o início desta campanha. Formalmente, o ex-presidente Jair Bolsonaro apoia a reeleição de Nunes, mas titubeou ao longo da campanha, ao dizer ele não era o candidato de seus sonhos, dando início a uma série de desmentidos que desembocou nos atritos com Marçal.