À PF, empresário acusado de coordenar compra de respiradores nega amizade com Wilson Lima
Apontado pelos investigadores como homem de confiança de Wilson Lima, o empresário Gutemberg Leão Alencar negou à Polícia Federal "qualquer relação de amizade" com o governador do Amazonas. Em depoimento, obtido por O Antagonista, ele disse apenas que, na eleição de 2018, "participou da campanha de Wilson Lima fazendo a interlocução com agentes políticos do interior do Amazonas". Mas que, finalizada a campanha, nem "sequer foi convidado para a posse"...
Apontado pelos investigadores como homem de confiança de Wilson Lima, o empresário Gutemberg Leão Alencar negou à Polícia Federal “qualquer relação de amizade” com o governador do Amazonas.
Em depoimento, obtido por O Antagonista, ele disse apenas que, na eleição de 2018, “participou da campanha de Wilson Lima fazendo a interlocução com agentes políticos do interior do Amazonas”. Mas que, finalizada a campanha, nem “sequer foi convidado para a posse”.
“Mesmo com a posse de Wilson Lima continuou a não ter qualquer vínculo comercial ou de amizade; que somente foi ao Palácio do governo depois de um ano e quatro meses pedir uma audiência com o governador porque se aproximava a data limite de filiação partidária.”
Segundo Gutemberg, não houve pedido do governador para a compra de respiradores da Vineria Adega ou da Sonoar, empresas envolvidas na fraude. E que apenas sugeriu a importação dos equipamentos “por obrigação humanitária”.
O empresário afirmou que, enquanto aguardava a audiência com Wilson Lima, deparou-se com o então secretário de Saúde, Rodrigo Tobias, e sugeriu que o governo importasse os equipamentos e que poderia buscar apoio junto a empresas da Zona France de Manaus.
“Que passados alguns dias recebeu uma ligação do Dr. Tobias falando dessa ideia, se o declarante poderia ajudar e se poderia ir até o seu gabinete. Que atendeu o pedido e foi até o Senhor Rodrigo Tobias com o único interesse de ajudar a cidade e o Amazonas; que foi por uma obrigação humanitária tendo em vista o estado de calamidade pública.”
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