A participação militar na denúncia fake contra as urnas eletrônicas
Um coronel da reserva do Exército e um empresário de São Paulo relataram à Polícia Federal como o Comando Militar do Sudeste (CMSE), então comandado pelo general Luiz Eduardo Ramos, se interessou em 2018 “em receber e avaliar uma suposta denúncia de fraude nas urnas eletrônicas do TSE nas eleições de 2014”, segundo reportagem do UOL. Três anos depois, durante uma transmissão ao vivo...
Um coronel da reserva do Exército e um empresário de São Paulo relataram à Polícia Federal como o Comando Militar do Sudeste (CMSE), então comandado pelo general Luiz Eduardo Ramos, se interessou em 2018 “em receber e avaliar uma suposta denúncia de fraude nas urnas eletrônicas do TSE nas eleições de 2014”, segundo reportagem do UOL.
Três anos depois, durante uma transmissão ao vivo, o presidente Jair Bolsonaro (foto) denunciou supostas fraudes nas urnas eletrônicas daquelas eleições, sem apresentar nenhuma prova.
A apuração da PF sobre o conteúdo dessa live foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes a partir de uma manifestação do TSE.
Os depoimentos foram feitos à PF pelo empresário Marcelo Abrileri e pelo coronel de artilharia do Exército Eduardo Gomes da Silva. Em 2018, Silva era “oficial de inteligência” do CMSE.
Diz o UOL:
“A participação do CMSE – um dos oito comandos regionais do Exército no país, responsável pela 2ª Região Militar e pela 2ª Divisão do Exército – numa discussão sobre urnas eletrônicas primeiro veio à tona durante o depoimento do coronel. A delegada da PF responsável pela apuração, Denisse Dias Rosas Ribeiro, indagou sobre uma informação contida nos depoimentos de dois peritos criminais da PF, Ivo de Carvalho Peixinho e Mateus de Castro Polastro.
Os peritos contaram ter sido chamados a uma reunião no Palácio do Planalto em 23 de julho de 2021, seis dias antes da live. Do encontro participaram Ramos, Silva e mais quatro pessoas, incluindo o diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Alexandre Ramagem, e o ministro da Justiça, Anderson Torres. Ramos depois diria à PF que Bolsonaro “tinha conhecimento da reunião”. Era um preparativo para a live presidencial.”
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