A nova mesa de negociação do Mercosul e a UE
O acordo comercial é negociado entre os dois blocos há mais de 20 anos, mas ainda enfrenta resistências da França
Os cinco países membros do Mercosul voltam a se reunir com os membros da União Europeia (UE) entre os dias 4 a 6 de setembro em Brasília para uma nova tratativa para tentar selar o acordo comercial entre os dois blocos.
Autoridades dos dois lados disseram ao ao jornal Financial Times que, apesar das objeções da França, o acordo ganhou um novo impulso para ser concluído, após 20 anos sendo trabalhado. “É uma necessidade geopolítica e econômica”, disse um diplomata da UE.
Em uma recente visita ao Brasil, o presidente francês Emmanuel Macron classificou o acordo de 2019 como “péssimo”. A assinatura do tratado tem sido uma das prioridades do presidente Lula (PT) desde o início do seu mandato.
O acordo é negociado desde 1999 entre o Mercosul e a UE. Em 2019, durante o governo Jair Bolsonaro (PL), foi concluída a primeira etapa e, desde então, os blocos passaram à fase de revisão dos termos, mas ainda tem prevalecido uma série de divergências – nas áreas ambiental e de compras de governo.
Segundo a Comissão Europeia (CE), colegiado que propõe a legislação comum da União Europeia, o acordo iria criar um mercado de 780 milhões de pessoas e economizar mais de € 4 bilhões ao ano em tarifas comerciais para as empresas europeias. Os investimentos das empresas da UE nos cinco países sul-americanos somam € 330 bilhões.
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