A Justiça do Rio de Janeiro negou o recurso da defesa da ex-deputada federal Flordelis e manteve sua condenação a 50 anos de prisão pelo assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo.

Além disso, a justiça decidiu que dois dos filhos de Flordelis, Marzy Teixeira, André Luiz e a neta Rayane serão submetidos a um novo julgamento.

Neta e filhos inocentados

No primeiro julgamento, realizado em novembro de 2022, Rayane dos Santos, neta biológica da ex-deputada, e Marzy Teixeira e André Luiz de Oliveira, filhos adotivos de Flordelis, haviam sido inocentados.

No entanto, a decisão da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça considerou que a absolvição desses três réus foi contrária às provas apresentadas nos autos.

Com essa nova decisão, Rayane dos Santos, Marzy Teixeira e André Luiz de Oliveira passarão novamente pelo plenário do júri para serem julgados sobre o envolvimento na morte do pastor Anderson do Carmo.

Condenação de Flordelis

O crime ocorreu em junho de 2019 e Flordelis foi considerada culpada pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado, uso de documento falso e associação criminosa armada.

Além disso, a condenação também foi mantida para Simone dos Santos Rodrigues, filha biológica de Flordelis, que havia sido sentenciada a 31 anos e 4 meses de prisão pelos mesmos crimes.

Carlos Ubiraci Francisco da Silva, filho afetivo de Flordelis, e Adriano dos Santos Rodrigues, filho biológico, também tiveram suas apelações negadas e suas penas mantidas.

O caso ganhou grande repercussão na mídia devido à influência política de Flordelis e à brutalidade do crime. A ex-deputada era uma figura conhecida no cenário político e religioso do país, o que contribuiu para o interesse público no desenrolar do caso.

Ex-genro de Flordelis é denunciado por ameaça e agressão

Em janeiro deste ano, Elias de Souza Azevedo, que foi genro da ex-deputada federal Flordelis, tornou-se alvo de uma denúncia por ameaças e agressão contra o advogado Ângelo Máximo. O caso foi registrado na 81ª DP (Itaipu). Ângelo representa a família do pastor Anderson do Carmo.

De acordo com o advogado, as ameaças envolviam a investigação do crime.

O advogado relatou que por volta das 21h da segunda-feira foi abordado por Elias quando saia de um mercado em Niterói, Região Metropolitana do Rio. “Disse que iria matar o declarante (Máximo), a delegada ‘safada’ Barbara Lomba e todos os policiais que atuaram no caso”, diz trecho do documento obtido pelo jornal O Globo.