A nova controvérsia entre Silveira e Marina Silva sobre petróleo
Ministro de Minas e Energia trabalha pela ampliação de petróleo, enquanto a chefe da pasta ambiental defende um teto para a produção...
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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta terça-feira, 16, que o Brasil continuará a buscar novas descobertas de petróleo. O discurso vai na contramão da ministra de Meio Ambiente, Marina Silva, que já defendeu um teto para a produção petroleira no país.
Segundo Silveira, essa estratégia encampada pela sua pasta não configura uma contradição com o discurso do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre priorizar a transição energética. O ministro participa do 54º Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
“Temos a melhor matriz de energia elétrica do planeta e temos uma das melhoras matrizes do mundo de energia, mas ainda temos o petróleo como uma grande riqueza nacional, inclusive financiador de saúde, de educação e da própria transição energética”, disse Silveira em entrevista à GloboNews.
Para o ministro de Minas e Energia, o Brasil não pode abrir mão de suas riquezas naturais e da chance de usar esses recursos para promover o desenvolvimento socioeconômico.
Marina Silva defende teto de produção
Também presente em Davos, Marina Silva participa do painel “A Transformação Ecológica do Brasil” e abordará o modelo de desenvolvimento sustentável que passa o país. Recentemente, em entrevista ao jornal britânico Financial Times, ela defendeu que o Brasil deve considerar a criação de um teto para a exploração e produção de petróleo.
“Um problema que terá que ser enfrentado é a questão dos limites, um teto para a exploração de petróleo. É um debate que não é fácil, mas que os países produtores de petróleo terão que enfrentar”, disse a ministra.
O discurso vai na contramão do que defende a pasta de Minas e Energia, estabeleceu a meta de aumentar a produção de 3 milhões de barris por dia, registrada no ano passado, para 5,4 milhões até o final da década. Se atingida, a produção tornaria o Brasil o quarto maior produtor mundial de petróleo.
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