A nova chance de Jaques Wagner
A entrega da relatoria da indicação de Paulo Gonet para o cargo de procurador-geral da República ao líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), foi interpretada por integrantes da Casa como um sinal de trégua do STF...
A entrega da relatoria da indicação de Paulo Gonet para o cargo de procurador-geral da República ao líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), foi interpretada por integrantes da Casa como um sinal de trégua do Supremo Tribnunal Federal (STF).
Após Wagner ter se manifestado a favor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita os poderes de integrantes do STF, alguns ministros chegaram a pedir a cabeça do ex-governador da Bahia. Aliados do governo Lula defenderam mudanças na liderança do governo e a substituição do parlamentar baiano.
O senador passou dias se explicando pelo único voto do PT para a proposta que pretende limitar as decisões monocráticas dos ministros do STF. “Não foi para ofender ninguém. Eu, quando votei ali, não foi para afrontar o Supremo Tribunal Federal. Alguns entenderam assim. A esses, eu já disse: ‘Peço desculpas, sem reconhecer minha culpa’. Meu voto foi muito ao contrário disso. Foi até para distensionar essa coisa que se colocou contra ou a favor do Supremo”, justificou-se o senador.
Com a indicação de Flávio Dino ao STF e de Gonet à Procuradoria Geral da República (PGR), o governo Lula parece ter conseguido arrefecer a tensão com o STF. Os dois indicados eram os preferidos no Tribunal, e foram escolhidos em detrimento mesmo dos dois nomes pretendidos pelos petistas, ainda mais à esquerda. O Antagonista apurou junto a assessores da Corte que o episódio envolvendo Wagner é considerado “coisa do passado”.
As sabatinas de Gonet e de Dino estão marcadas para 13 de dezembro, penúltima semana do calendário legislativo de 2023.
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