O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), tem trabalhado para emplacar o desembargador Carlos Brandão, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), na vaga do Superior Tribunal de Justiça (STJ) destinada a desembargadores federais. Ambos são conterrâneos do Piauí.

Para ganhar a vaga, Brandão precisa, primeiro, ser incluído pelos ministros do STJ em uma lista tríplice e, depois, ser indicado pelo presidente da República.

Na fase da lista tríplice, ministros do STJ admitem que Brandão deve ter facilidade e ser o mais votado. Para a fase seguinte, Kassio começou uma articulação para aumentar as chances de seu candidato. Ele quer que os colegas do STJ incluam na lista Brandão e dois candidatos com pouca chance de nomeação.

Ministros relatam, sob anonimato, que os nomes mais viáveis para essa estratégia são os de Mônica Sifuentes, do TRF-6, e Rogério Fialho, do TRF-5. Ambos têm condições de conseguir votos no STJ, mas pouco apelo junto a Lula. Quem pede votos para Sifuentes dentro do STJ é seu conterrâneo mineiro, João Otávio de Noronha. Para Fialho, é o ministro Ribeiro Dantas que faz a propaganda.