A mensagem de fim de ano de Fachin
O ministro Edson Fachin (foto), do STF, divulgou há pouco uma mensagem de fim de ano na qual afirma que "há risco de totalizar-se uma catástrofe na história se a esperança não vencer ódios, fanatismos, irracionalidades, prontos a repetir holocaustos de ontem se não houver consciência crítica, problematizadora, capaz de decifrar esse interrogante presente e transformá-lo em emancipação humana"...
O ministro Edson Fachin (foto), do STF, divulgou há pouco uma mensagem de fim de ano na qual afirma que “há risco de totalizar-se uma catástrofe na história se a esperança não vencer ódios, fanatismos, irracionalidades, prontos a repetir holocaustos de ontem se não houver consciência crítica, problematizadora, capaz de decifrar esse interrogante presente e transformá-lo em emancipação humana”.
O ministro disse ainda que o amanhã “deve ser uma comunhão que resiste à barbárie, às ideologias cegas, e à tristeza dos caminhos tolhidos”.
“Queira essa porta que se abre ao porvir traduzir dignidade para livrar a humanidade da catástrofe, para ofertar ao Brasil luzes e não mais sombras, e reacender a força espiritual da esperança”, acrescentou.
Fachin assumirá o cargo de presidente do Tribunal Superior Eleitoral em 28 de fevereiro e deverá ficar no cargo até agosto, quando se encerrará a sua passagem de dois anos como ministro do TSE. O ministro Alexandre de Moraes assumirá, então, o cargo e deverá estar no comando da Justiça Eleitoral durante as eleições de 2022, permanecendo na função até junho de 2024.
Em julho deste ano, Fachin rebateu, sem citar nomes, todas as acusações feitas por Jair Bolsonaro contra o sistema eleitoral eletrônico e o Tribunal Superior Eleitoral. O ministro do STF disse, na ocasião, que a “retórica da fraude” vem de políticos “que almejam sequestrar o poder”. No mesmo mês, afirmou que “está em curso no Brasil o processo de demolição das instituições democráticas”. Em dezembro, o ministro disse que é preciso “do ponto de vista do Estado de Direito democrático, nos preparar para evitar em 2022 o pior.”
Leia a íntegra da nota:
“Ao final deste período do ano que se encerra, abre-se breve espaço para agradecimentos, reflexões e desafios. Principiemos por estes. O futuro não está dado, precisa ser construído; essa construção deve se alimentar de fé e de esperança, que se vertem em solidariedade, liberdade e em atos concretos de amor.
Há risco de totalizar-se uma catástrofe no ‘continuum’ da história se a centelha da esperança não vencer ódios, fanatismos, irracionalidades, prontos a repetir holocaustos de ontem se não houver consciência crítica, problematizadora, capaz de decifrar esse interrogante presente e transformá-lo em emancipação humana.
Gratidão a todas e a todos que acendem na alma a faísca autêntica da vida, com seu labor cotidiano importante. Sigamos alimentados pela confiança que impõe ousio para a redenção contra o conformismo e as injustiças que marcam esse tempo de agora.
O amanhã não é uma das ‘commodities’ que teimam em reificar a vida; deve ser uma comunhão que resiste à barbárie, às ideologias cegas, e à tristeza dos caminhos tolhidos. Queira essa porta que se abre ao porvir traduzir dignidade para livrar a humanidade da catástrofe, para ofertar ao Brasil luzes e não mais sombras, e reacender a força espiritual da esperança.”
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