A maior mentira de Pazuello
Eduardo Pazuello mentiu na CPI da Covid. Ele disse que o Ministério da Saúde respondeu a todas as ofertas de vacina da Pfizer, mas os e-mails confidenciais que o laboratório encaminhou à própria CPI provam o contrário...
Eduardo Pazuello mentiu na CPI da Covid.
Ele disse que o Ministério da Saúde respondeu a todas as ofertas de vacina da Pfizer, mas os e-mails confidenciais que o laboratório encaminhou à própria CPI provam o contrário.
“A primeira oferta da empresa foi formalizada ao Brasil em 14 de agosto, de 30 milhões e 70 milhões de doses, e tinha validade até o dia 29 daquele mês”, diz a Folha de S. Paulo.
“Após o envio do documento, a Pfizer mandou emails por três dias cobrando resposta até que uma representante da farmacêutica telefonou para uma técnica da Sctie (Secretaria de Ciência, Inovação e Insumos Estratégicos) do Ministério da Saúde.”
Cristiane Santos, da Pfizer, escreveu:
“Desculpe, a ligação caiu e não consegui mais contato. Espero que esteja tudo bem com vc! Só queria confirmar se vcs receberam ontem uma comunicação enviada em nome do presidente da Pfizer, Carlos Murillo, com a proposta atualizada de um possível fornecimento de vacinas de Covid-19. Vc me avisa? A validade das propostas continua sendo a mesma, até 29 de agosto de 2020, e gostaria de saber, com urgência, do interesse deste ministério em iniciar conversações sobre aspectos legais e jurídicos da presente proposta.”
Em 26 de agosto, depois de um telefonema, outro representante da Pfizer, Alejandro Lizarraga, enviou e-mail ao assessor especial para assuntos internacionais do Ministério da Saúde, Flávio Werneck, reiterando “a importância de termos um posicionamento quanto ao interesse na aquisição de nossa potencial vacina de modo a contribuir com os esforços de atendimento da demanda no país neste tema”.
A oferta caducou em 29 de agosto, mas em 12 de setembro o presidente mundial da Pfizer, Albert Bourla, mandou uma carta a Jair Bolsonaro, dizendo que o laboratório não havia recebido resposta do governo brasileiro.
No fim de outubro, o presidente da empresa no Brasil, Carlos Murillo, escreveu novamente para o Ministério da Saúde:
“Gostaria de reforçar que um diferencial da nossa proposta, em linha com que o excelentíssimo senhor presidente Jair Bolsonaro tem comentado, é que o acordo só é efetivado a partir da aprovação da vacina da Anvisa, sem qualquer risco/prejuízo financeiro ao país caso nossa vacina não receba o registro regulatório.”
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