A juventude ‘sufocada’ do PT
Após decisão do PT em cortar parte da verba partidária de secretarias internas, a ala da juventude se diz "sufocada"
A proposta de redução na distribuição do fundo eleitoral destinado às alas internas do Partido dos Trabalhadores (PT) tem gerado intenso debate dentro da legenda.
A discussão, que envolve a redução de recursos destinados a secretarias nacionais que apoiam diversos movimentos sociais, vem acirrando os ânimos entre os membros do partido.
A juventude do PT reagiu fortemente contra essa proposta, enviando uma carta aos dirigentes e acusando a direção nacional de ações que, segundo eles, poderiam “sufocar e impedir a transição geracional” dentro do partido. A reação da juventude realça uma divisão geracional dentro da legenda, mostrando o peso e a influência dessas alas na dinâmica interna do PT, é o que informa reportagem da Folha de S. Paulo.
Redução de custos para a juventude petista
De acordo com os relatos de dentro do partido, a polêmica gira em torno da proposta de minimizar de 3% para apenas 1% o repasse do fundo eleitoral para as secretarias que representam os movimentos LGBTQIA+, sindical, cultural, de juventude, e de reforma agrária.
A tesoureira do PT, Gleide Andrade, demonstrou irritação com a publicação da carta e contra-atacou no grupo em um grupo de WhatsApp da executiva nacional, criticando severamente a postura dos jovens, chamando a nota de “desrespeitosa” e acusando seus autores de promover uma “política de queimação baixa”.
Isso escancara um racha evidente dentro da estrutura partidária, em que discussões sobre fundos e representatividade tornam-se pontos de inflamação.
Soluções para o conflito
Embora a tensão seja palpável, membros da direção do partido apontam que as negociações para alterar o repasse dos recursos ainda estão em andamento, sugerindo que ainda há espaço para diálogo e reconciliação.
A secretária nacional de juventude, Nádia Garcia, argumentou que a carta representava um acúmulo de reflexões de múltiplas discussões territoriais sobre o tema, levando à necessidade de uma reavalação genuína da “proposta” mencionada.
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