A incógnita Cristiano Zanin
O Estadão classifica como "vexame" em editorial desta sexta-feira (23) o desempenho do Senado na sabatina de Cristiano Zanin para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF)...
O Estadão classifica como “vexame” em editorial desta sexta-feira (23) o desempenho do Senado na sabatina de Cristiano Zanin para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF).
“O dia 21 de junho de 2023 não foi um bom dia para a história do Senado. Além de ter aprovado para integrar o Supremo Tribunal Federal (STF) uma pessoa que não preenche os requisitos constitucionais do cargo, a Casa legislativa conseguiu a proeza de realizar uma sabatina absolutamente inútil. As oito horas que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado dedicou a inquirir o indicado do presidente Lula da Silva não lançaram nenhuma luz sobre o que de fato pensa o sr. Cristiano Zanin”, critica o jornal.
“O procedimento formal previsto na Constituição foi cumprido: o presidente da República indicou um nome e o Senado aprovou, por maioria absoluta, esse nome. No entanto, o que de fato houve na quarta-feira foi um grande deboche com a Constituição. Aprovou-se para compor a Corte constitucional uma total incógnita. Sabe-se apenas que o novo ministro do STF prometeu ficar do ‘lado da Constituição’, o que é rigorosamente sua obrigação”, completa o texto.
Segundo o Estadão, mesmo os senadores governistas podem sair prejudicados pela forma como a sabatina foi conduzida, mais com afagos do que com inquirições. “Com um voto cego na escolha do Palácio do Planalto, deram não apenas aval a uma incógnita, mas optaram por ignorar as experiências passadas com as indicações de Lula para o STF. Não podem depois queixar-se”, alerta o editorial.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)