A fake news de Bolsonaro sobre o tratamento de Queiroz embute uma questão
Como publicamos, o hospital Novo Atibaia negou que Fabrício Queiroz estivesse se tratando de câncer na instituição. Afirmou que ele foi ao hospital três vezes, nenhuma delas para tratamento regular de tumor maligno...
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Como publicamos, o hospital Novo Atibaia negou que Fabrício Queiroz estivesse se tratando de câncer na instituição. Afirmou que ele foi ao hospital três vezes, nenhuma delas para tratamento regular de tumor maligno.
Outro hospital da cidade também negou ao Estadão que houvesse tratado o ex-assessor de Flávio Bolsonaro. Segundo o jornal, pessoas que tiveram contato com Queiroz disseram que ele teria feito dois procedimentos em um hospital de Bragança Paulista, próxima a Atibaia, mas a instituição não quis dizer se foram procedimentos oncológicos.
Quem afirmou que Queiroz estava em Atibaia para ficar mais perto do hospital onde se tratava de câncer foi Jair Bolsonaro, na live de ontem.
A fake news do presidente embute uma questão: como é que Bolsonaro sabia que Queiroz havia ido a um hospital em Atibaia, para poder inventar na live que era por causa de um câncer? Foi a versão combinada com o advogado Frederick Wassef?
Vamos desdobrar a questão: se ele confundiu um hospital de Atibaia com um de Bragança Paulista, ainda assim, como Bolsonaro sabia que o ex-assistente do seu filho teria se tratado de qualquer coisa numa cidade próxima ao local onde estava escondido? Foi Wassef que lhe passou a informação? Quando? Por que Bolsonaro se sentiu obrigado a dar uma explicação — falsa — sobre o fato de Queiroz estar escondido numa casa do seu advogado? O presidente da República virou advogado de defesa de Queiroz e advogado de defesa do seu próprio advogado?
Bolsonaro só se complica.
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