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A fagulha revolucionária

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Redação O Antagonista
2 minutos de leitura 01.12.2017 09:38 comentários
Brasil

A fagulha revolucionária

A candidatura de Geraldo Alckmin foi comemorada pela imprensa, mas quebrou as pernas dos eleitores. A perspectiva de escolher pela sétima vez seguida entre um candidato do PT e outro do PSDB é desoladora...

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2 minutos de leitura 01.12.2017 09:38 comentários 0

A candidatura de Geraldo Alckmin foi comemorada pela imprensa, mas quebrou as pernas dos eleitores.

A perspectiva de escolher pela sétima vez seguida entre um candidato do PT e outro do PSDB é desoladora.

A maior parte dos analistas considera que os brasileiros vão acabar se conformando.

Eduardo Giannetti da Fonseca discorda. Ele acha que a sociedade pode explodir.

Leia um trecho da coluna de Merval Pereira, em O Globo:

“O economista Eduardo Giannetti da Fonseca defendeu ontem, em palestra na Academia Brasileira de Letras (ABL), que o patrimonialismo que domina o Estado brasileiro é a principal causa da disfunção de nossa democracia, e por isso a Operação Lava Jato tem importância como a principal ação corretiva de uma situação que predomina desde que o Brasil foi descoberto pelos portugueses (…).

Para Giannetti da Fonseca, o patrimonialismo brasileiro tem sua origem na formação de nosso país.  Ao contrário dos Estados Unidos, país que foi organizado pelos e para os imigrantes que lá chegaram, o Brasil, segundo Giannetti, foi criado para abrigar a Coroa portuguesa, e até hoje o Estado serve aos governantes. Ele vê essa tensão entre o governo e a sociedade num ponto à beira de uma ruptura, e disse que não se espantará se chegarmos num momento revolucionário desencadeado por uma fagulha qualquer, como em 2013 quando uma campanha contra o aumento do preço dos ônibus desencadeou um movimento popular que encurralou o governo Dilma.

Outro ponto de quase ruptura, na sua análise, foi a campanha de 2014 quando Marina Silva, a quem apoiava, tornou-se candidata devido à tragédia que matou o ex-governador Eduardo Campos, e quase teve condições de desbancar a polarização entre PT e PSDB, cujos candidatos afinal foram para o segundo turno.

Esse rompimento só não se deu, segundo Eduardo Giannetti, devido a uma campanha de violência inaudita contra Marina, cuja presença na disputa teria uma característica disruptiva, interrompendo uma situação política tradicional que dominava a disputa eleitoral brasileira há 23 anos.

Segundo Giannetti, a Operação Lava Jato, por si só, não tem condições de alterar essa cultura patrimonialista, mas as eleições de 2018 têm condições para isso, caso a sociedade as utilize para forçar uma mudança de paradigma, que seria consolidada com uma reforma política.”

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