A estratégia de Bolsonaro é pintar Moro como oportunista e incompetente
Com o seu pronunciamento, Jair Bolsonaro deixou clara a sua estratégia para enfrentar a saída de Sergio Moro. A estratégia é pintar Moro como um oportunista que só pensa no seu projeto de ser candidato à Presidência da República ou de ocupar um cargo no Supremo Tribunal Federal...
Com o seu pronunciamento, Jair Bolsonaro deixou clara a sua estratégia para enfrentar a saída de Sergio Moro.
A estratégia é pintar Moro como um oportunista que só pensa no seu projeto de ser candidato à Presidência da República ou de ocupar um cargo no Supremo Tribunal Federal. E afirmou até mesmo que o ex-ministro teria feito uma proposta de escambo: tirar Maurício Valeixo da direção geral da PF apenas em novembro, em troca da indicação para o STF.
Além disso, Bolsonaro sugeriu que Moro foi um ministro incompetente, cuja PF não tinha nem sequer um serviço de inteligência eficiente. E deixou nas entrelinhas que Moro, além de incompetente, também demonstrou má vontade para investigar o atentado sofrido pelo então candidato à Presidência, em 2018.
Por último, o presidente quis passar a impressão de que o ex-ministro é pusilânime, por não o ter procurado para pedir a demissão irrevogável — deixando de lado que ele, Bolsonaro, exonerou Maurício Valeixo sem avisar o então ministro, e como se o então diretor-geral da PF quisesse mesmo sair do cargo e o seu desejo estivesse sendo apenas atendido.
O problema dessa estratégia é que todo mundo conhece a biografia de Moro — e todo mundo conhece a biografia de Bolsonaro.
Não vai colar.
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