A degradação moral do bolsonarismo
Jair Bolsonaro, segundo o Estadão, tinha o dever de condenar o assassino do tesoureiro petista na Paraná, que matou em seu nome. Como ele não fez nada disso, o jornal resolveu publicar mais um editorial sobre o assunto...
Jair Bolsonaro, segundo o Estadão, tinha o dever de condenar o assassino do tesoureiro petista na Paraná, que matou em seu nome.
Como ele não fez nada disso, o jornal resolveu publicar mais um editorial sobre o assunto:
“Em vez de promover a paz e defender a liberdade política de todos os cidadãos, como cabe a um presidente da República, preferiu aproveitar o episódio para escalar a provocação contra seus opositores políticos. No Twitter, em vez de condenar veementemente a violência praticada por seu apoiador, Bolsonaro acusou a esquerda de acumular ‘um histórico inegável de episódios violentos’.
Eis a degradação moral do bolsonarismo. O presidente da República vale-se até mesmo da repercussão causada pelo assassinato de um opositor político para promover sua política eleitoral, num macabro vale-tudo. Não manifestou consternação. Não expressou nenhuma solidariedade com os familiares da vítima. Para Jair Bolsonaro, o crime cometido em Foz do Iguaçu por seu apoiador declarado serviu de ocasião para lembrar que a esquerda é o lado ‘que dá facada’ (…).
A reação de Jair Bolsonaro deve colocar o país em alerta. Há um presidente da República incapaz de compreender que toda violência é inaceitável. Há um presidente da República que não tem a hombridade de reconhecer um crime de um seu correligionário. Há um presidente da República que enxerga em tudo, até mesmo no assassinato de uma pessoa, uma ocasião adicional para escarnecer seus opositores políticos.”
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