A CPI das ONGs e a resposta da Arquidiocese de São Paulo
A coluna Painel da Folha de S. Paulo afirma que a Arquidiocese de São Paulo condenou a possível abertura de uma CPI na Câmara Municipal, que pode atingir o padre Julio Lancellotti...
A coluna Painel da Folha de S. Paulo afirma que a Arquidiocese de São Paulo condenou a possível abertura de uma CPI na Câmara Municipal, que pode atingir o padre Julio Lancellotti.
A expectativa é que a investigação seja instalada em fevereiro. Após obter as 24 assinaturas necessárias para protocolar a CPI, o vereador Rubinho Nunes (União) articulou um acordo com a cúpula do Legislativo para que a comissão seja instalada logo no início dos trabalhos legislativos, previstos para fevereiro.
“Na qualidade de Vigário Episcopal para a Pastoral do Povo da Rua, Padre Júlio exerce o importante trabalho de coordenação, articulação e animação dos vários serviços pastorais voltados ao atendimento, acolhida e cuidado das pessoas em situação de rua na cidade”, afirmou a Arquidiocese em nota oficial para o jornal.
“Reiteramos a importância de que, em nome da Igreja, continuem a ser realizadas as obras de misericórdia junto aos mais pobres e sofredores da sociedade”, acrescenta a entidade.
A expectativa é que essa investigação ganhe contornos eleitorais, uma vez que Julio Lancellotti mantém proximidade com Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato à prefeitura de São Paulo em 2024.
O partido de Rubinho Nunes, União Brasil, apoia a reeleição de Ricardo Nunes (MDB), e Kim Kataguiri, filiado à sigla, também é pré-candidato. Além disso, o partido conta com Milton Leite, presidente da Câmara Municipal, como uma de suas principais lideranças no estado.
As ações do vereador têm sido alvo de críticas por parte de representantes da esquerda. Os vereadores Luna Zarattini e Hélio Rodrigues, ambos do PT, denunciaram o vereador Rubinho Nunes à Corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo.
Em resposta às acusações, o pároco afirmou, à Folha de S. Paulo, que não possui qualquer influência sobre as entidades em questão e que não participa de projetos conjuntos com elas. Segundo ele, tanto o Bompar quanto o Craco Resiste são autônomos, possuem suas próprias diretorias, técnicos e funcionários.
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