A campanha de Onyx na Câmara foi anti-Maia
Rodrigo Maia, em coletiva ontem, como registramos, disse o seguinte, sobre possível interferência do Palácio do Planalto nas eleições da Câmara, em fevereiro de 2021: "Na ultima eleição, o Onyx fez campanha até o ultimo dia e eu o derrotei na Presidência...
Rodrigo Maia, em coletiva ontem, como registramos, disse o seguinte, sobre possível interferência do Palácio do Planalto nas eleições da Câmara, em fevereiro de 2021:
“Na ultima eleição, o Onyx fez campanha até o ultimo dia e eu o derrotei na Presidência da Câmara. Não sei se tem essa influência toda.”
Perguntamos a Maia qual foi o candidato apoiado por Onyx nas últimas eleições.
“Eu que não fui”, respondeu.
Na verdade, a campanha de Onyx Lorenzoni, atual ministro da Cidadania, não foi para nenhum candidato específico: sua meta, como chefe da Casa Civil à época, era inviabilizar a reeleição de Maia — no Senado, ele conseguiu emplacar o desconhecido Davi Alcolumbre.
Até o último dia, de fato, Onyx — que é do mesmo DEM de Maia, mas há muito tempo os dois não se bicam — trabalhou nos bastidores para tentar encontrar um nome que pudesse derrotar Maia.
Um dos nomes ventilados foi o do próprio Arthur Lira (PP), expoente do Centrão, que agora se apresenta como provável candidato do Planalto no ano que vem, ainda que indiretamente. Mas o próprio Lira recuou quando viu que Maia estava com a vitória garantida.
No fim das contas, o PSL, então partido de Bolsonaro e maior bancada da Casa, acabou apoiando Maia, garantindo a Presidência da Comissão de Constituição e Justiça. Paulo Guedes também dizia que Maia seria importante para o governo avançar com a agenda reformista.
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