A bancada das trevas
Raul Jungmann foi direto ao ponto no Estadão, em artigo intitulado "A eleição das milícias". Diz o ex-ministro da Segurança Pública: "A violência e a insegurança levaram a que policiais se tornassem milicianos para combater criminosos, a violência e a insegurança. Por paradoxal que pareça, foi assim que as milícias se formaram no Rio de Janeiro. Como quem controla o território controla o voto, as milícias e o crime organizado passaram a colocar no parlamento municipal e estadual seus representantes...
Raul Jungmann foi direto ao ponto no Estadão, em artigo intitulado “A eleição das milícias”. Diz o ex-ministro da Segurança Pública:
“A violência e a insegurança levaram a que policiais se tornassem milicianos para combater criminosos, a violência e a insegurança. Por paradoxal que pareça, foi assim que as milícias se formaram no Rio de Janeiro.
Como quem controla o território controla o voto, as milícias e o crime organizado passaram a colocar no parlamento municipal e estadual seus representantes, formando as suas bancadas. Estas, por sua vez, passaram a indicar representantes seus ou aliados para cargos no executivo na área da segurança pública, numa verdadeira metástase. Esse quadro, em graus variáveis, se repete País afora, e o nosso risco maior, a evitar, é que o Rio de Janeiro seja o Brasil de amanhã… Controlando os votos da comunidade e com recursos das suas atividades criminosas, os milicianos têm o que oferecer aos políticos. Parte deles, não todos, ressalte-se, tornam-se seus aliados no legislativo e lhes dão cobertura e fornecem blindagem junto ao judiciário e o executivo. Está formado o coração das trevas.”
Em São Paulo, o coração das trevas também bate pelo PCC.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)