A aposta do governo Lula contra Arthur Lira
Palácio do Planalto avalia como apoiar a pré-candidatura de Marcos Pereira à presidência da Câmara poderia render frutos ao governo
O Palácio do Planalto avalia como apoiar a pré-candidatura do deputado federal Marcos Pereira (Republicanos-SP) à presidência da Câmara dos Deputados poderia render frutos ao governo e ajudar a minar a influência do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).
Segundo O Globo, o presidente do Republicanos, partido ligado à Igreja Universal, já criou uma interlocução direta com o presidente Lula (PT), dispensando a intermediação do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos-PE).
Em fevereiro de 2024, o petista convidou o deputado para ir a São Paulo no avião presidencial, onde acompanhariam o lançamento da construção do túnel que vai ligar Guarujá a Santos.
Será suficiente para ofuscar Lira?
Marcos Pereira é visto pelo governo Lula como um candidato à presidência da Câmara com brilho próprio, que ajudaria a pulverizar a disputa na Casa e reduzir a influência direta de Arthur Lira.
Caso receba o apoio do governo, o presidente do Republicanos poderá ser o principal oponente de Elmar Nascimento (União-BA), nome indicado como o mais provável para ser o candidato de Lira na Câmara.
O deputado baiano, no entanto, é avaliado pelo Palácio do Planalto como um possível problema para Lula, já que é muito próximo a Lira e tem uma forma de atuar semelhante à do atual líder da Câmara.
Evangélicos
Marcos Pereira também se mostra ao governo como uma solução para aproximar Lula dos evangélicos, que tendem a apoiar Jair Bolsonaro (PL) e a oposição.
Mesmo que o apoio ao presidente do Republicanos não seja suficiente para isso, o Palácio do Planalto avalia que a aliança poderia pelo menos posicionar melhor o governo junto à bancada evangélica na Câmara.
Tarcísio de Freitas
O governo entende ainda que o apoio à candidatura de Marcos Pereira poderia incentivar a saída do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Republicanos para o PL e aproximar o partido de sua base aliada.
Embora Tarcísio resista, o PL espera que ele se una à legenda entre junho e agosto e possa ajudá-la ainda nas eleições municipais de outubro.
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