A aposta de Ciro Nogueira para a anistia a Jair Bolsonaro
Líder da Minoria afirmou ao programa Meio-Dia em Brasília que Jair Bolsonaro pode disputar eleições caso seja aprovado PL da Anistia
Em entrevista ao programa Meio-Dia em Brasília, o presidente do PP e líder da minoria no Senado, Ciro Nogueira (PI), afirmou que a Casa poderia aprovar uma anistia a Jair Bolsonaro às vésperas das eleições de 2026 e que essa é uma das apostas do grupo para disputar o próximo pleito contra Lula.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de Jair Bolsonaro voltar ao jogo político nas próximas eleições gerais, Nogueira disse que existe uma chance, mas isso dependerá justamente da aprovação do projeto de lei da anistia.
“Eu acredito mais na aprovação de um projeto de lei no Senado que cria a anistia ao presidente Jair Bolsonaro. Ela [anistia] tem uma maior dificuldade de ser aprovada no Senado do que na Câmara. Na Câmara tenho certeza de que passaria. O Senado é que há a grande barreira. Tanto com o atual presidente do Senado [Rodrigo Pacheco], quanto do próximo [provavelmente Davi Alcolumbre]”, disse Ciro.
Para ele, a proposta teria entre 32 e 34 votos garantidos no Senado. Mas, com a proximidade das eleições, alguns senadores que hoje são contrários poderiam mudar de opinião, caso dependam do apoio de Jair Bolsonaro para conquistar a reeleição.
“Há dois fatores que vão ser determinantes para que isso possa ser votado: primeiro, o novo presidente do Senado, que pode colocar isso em votação; e segundo, que quanto mais próximo das eleições, muitos desses senadores que votariam contra, vão precisar do apoio do presidente Bolsonaro para serem reeleitos. E isso pode ser determinante para aprovar essa matéria. Mas não posso negar que isso não é fácil hoje de ser aprovado”, disse Nogueira.
Para ele, a inelegibilidade dificilmente seria revertida no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou mesmo no Supremo Tribunal Federal.
Como registramos, a Polícia Federal (PF) indiciou no final de novembro o ex-presidente e ex-integrantes de seu governo no inquérito que apura a tentativa da execução de um golpe de Estado no Brasil.
O ex-presidente da República foi indiciado pelos crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Além dele, também foram indiciados ex-integrantes do Poder Executivo, os ex-ministros Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Anderson Torres, o deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin), Alexandre Ramagem, e o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto.
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