A afronta a Celso de Mello
Na liminar que suspendeu o julgamento de Deltan Dallagnol no Conselho Nacional do Ministério Público, no âmbito da reclamação de Renan Calheiros contra o fato de o procurador da Lava Jato ter manifestado a sua opinião de como seria ruim a eleição do alagoano para a presidência do Senado, Celso de Mello afirmou...
Na liminar que suspendeu o julgamento de Deltan Dallagnol no Conselho Nacional do Ministério Público, no âmbito da reclamação de Renan Calheiros contra o fato de o procurador da Lava Jato ter manifestado a sua opinião de como seria ruim a eleição do alagoano para a presidência do Senado, Celso de Mello afirmou:
“O Ministério Público, que é o guardião independente da integridade da Constituição e das leis, não serve a governos, ou a pessoas, ou a grupos ideológicos, não se subordina a partidos políticos, não se curva à onipotência do poder ou aos desejos daqueles que o exercem, não importando a elevadíssima posição que tais autoridades possam ostentar na hierarquia da República”. Qualquer medida que implique a inaceitável proibição ao regular exercício do direito à liberdade de expressão dos membros do ‘Parquet’ revela-se em colidência com a atuação independente e autônoma garan- tida ao Ministério Público pela Constituição de 1988.”
Gilmar Mendes ignorou o decano, rasgou a liminar juntamente com a Constituição e permitiu o julgamento. Se o CNMP decidir punir Deltan, a Constituição será rasgada pela segunda vez.
E Celso de Mello será afrontado novamente.
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