Esquema de grilagem é investigado na Amazônia Esquema de grilagem é investigado na Amazônia
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Esquema de grilagem é investigado na Amazônia

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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 19.08.2024 08:53 comentários
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Esquema de grilagem é investigado na Amazônia

Uma investigação da Polícia Federal expõe esquema de grilagem de terras na Amazônia liderado por Ricardo Stoppe Júinior.

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Esquema de grilagem é investigado na Amazônia
Créditos: depositphotos.com / gustavofrazao

A investigação envolvendo o médico e empresário Ricardo Stoppe Júnior, de Araçatuba, São Paulo, revelou um esquema de grilagem de terras no Norte do Brasil que já dura pelo menos 20 anos. A Polícia Federal aponta Ricardo Stoppe Júnior como um dos maiores grileiros de terras na região amazônica. Veja mais detalhes a seguir.

Como Funciona o Esquema de Grilagem de Ricardo Stoppe Júnior?

Ricardo Stoppe Júnior armou um esquema de fraude de documentos que o fez proprietário, de papel passado, de mais de 500 mil hectares na Amazônia. Essas terras, muitas pertencentes à União, foram ilegalmente apropriadas através de alterações fraudulentas em documentos oficiais.

De acordo com a Polícia Federal, os criminosos conseguiam inserir folhas falsas em livros de registros antigos para forjar a posse das terras. João Pedro Alves Batista, perito criminal da Polícia Federal, afirma: “Houve fraude. Uma mesma pessoa forjou essas duas folhas e inseriu de forma fraudulenta nos livros”.

Quais eram as Táticas Usadas pela Organização?

Para dar uma aparência de legalidade aos documentos falsificados, propinas foram pagas a funcionários de cartórios e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Assim, a organização de Ricardo Stoppe Júnior montava processos criminosos de apropriação de terras com o respaldo aparente de órgãos oficiais.

A Comunicação da Quadrilha

As negociações eram feitas por telefone, conforme gravações que a Polícia Federal obteve. Em um dos áudios, um dos integrantes da quadrilha menciona um pagamento de R$ 100 mil, solicitado novamente pelo secretário envolvido no processo.

Quem são os Envolvidos no Esquema de Grilagem?

A Polícia Federal identificou pelo menos 50 integrantes da organização criminosa. Entre eles, estão Ricardo Stoppe Júnior e seus sócios, que serão indiciados por crimes como desmatamento, corrupção de servidores públicos, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Busca e Apreensão

Ricardo Stoppe Júnior foi preso em junho deste ano, mas as operações de busca e apreensão continuam. Recentemente, a Polícia Federal e o ICMBio foram até Lábrea, no Amazonas, uma das regiões afetadas pela atividade criminosa para restabelecer a posse da Floresta Nacional do Iquiri, área transformada em unidade de conservação em 2008. Mesmo após a criação da Floresta Nacional, Ricardo Stoppe ainda tentou pedir uma indenização de R$ 100 milhões, alegando ser o dono das terras.

O Futuro das Terras Griladas

A Polícia Federal já bloqueou todas as matrículas fraudadas e trabalha para que o patrimônio retorne à União. O delegado responsável pelo caso afirmou: “A gente já pediu bloqueio e bloqueamos todas as matrículas fraudadas dessa organização criminosa e vamos pedir a restituição desse patrimônio para a União”.

O que Dizem os Citados na Investigação?

Em nota ao programa Fantástico, a defesa de Ricardo Stoppe Júnior afirmou que o médico é inocente e que perícias técnicas comprovarão isso. Alegam ainda que a prisão é desnecessária, visto que ele é réu primário. A oficial de cartório afastada, Sâmara de Farias Silva, não foi encontrada para comentar o caso.

O Incra, por sua vez, declarou que está apoiando integralmente a Justiça e encaminhando os títulos de terra duvidosos para análise. A empresa Moss e Verras, envolvida nas negociações, encerrou relações comerciais com as partes investigadas após tomar conhecimento dos fatos.

Este caso escancara a complexidade dos processos de grilagem de terras no Brasil e a dificuldade enfrentada pelas autoridades devido à falta de transparência nos registros de terras. Continue acompanhando as atualizações desse caso que ainda promete revelar muitas outras camadas de corrupção e crimes ambientais.

  • Fraude de documentos
  • Grilagem de terras
  • Investigação da Polícia Federal
  • Desmatamento e crime ambiental
  • Propina a funcionários públicos
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