7 x 0 – Com maioria, tribunal do impeachment cassa mandato de Wilson Witzel
Com o voto do deputado Alexandre Freitas (Novo), formou-se a maioria de 2/3 necessária para a condenação de Wilson Witzel no processo de impeachment. Ele foi o sétimo integrante do tribunal misto, formado por parlamentares e desembargadores, a votar contra o governador afastado, acusado por crime de responsabilidade na gestão de saúde do Rio de Janeiro...
Com o voto do deputado Alexandre Freitas (Novo), formou-se a maioria de 2/3 necessária para a condenação de Wilson Witzel no processo de impeachment. Ele foi o sétimo integrante do tribunal misto, formado por parlamentares e desembargadores, a votar contra o governador afastado, acusado por crime de responsabilidade na gestão de saúde do Rio de Janeiro.
Com o placar, Wilson perde definitivamente o mandato e poderá ficar impossibilitado de assumir funções públicas por até 5 anos — o período será definido na segunda parte do julgamento. Permanece como governador Cláudio Castro, que ocupa o cargo desde agosto do ano passado, quando Witzel foi afastado do mandato.
No voto, Freitas disse que havia “intimidade promíscua” entre Witzel e “a patota de Mário Peixoto“, empresário que, segundo investigações da Polícia Federal, estaria por trás de empresas contratadas para prestar serviços em hospitais públicos.
“Assim, agiu de forma indecorosa, desonrosa e indigna, por ter atuado estritamente de forma improba, violando disposições expressas de lei federal”, disse o deputado.
Antes de Alexandre Freitas, votaram pela condenação os deputados Waldeck Carneiro (PT), Carlos Macedo (Republicanos), Chico Machado (PSD) e os desembargadores Maldonado de Carvalho, Fernando Foch e Teresa Castro Neves.
Witzel é acusado pela reabilitação da organização social Unir Saúde, para gestão de hospitais públicos, e pela contratação do Iabas, outra OS, para construir e gerir hospitais de campanha.
Investigações da Polícia Federal — que levaram Witzel a ser denunciado por corrupção, lavagem e organização criminosa — apontam que as duas entidades falhavam na entrega dos serviços e pagavam propina para manter contratos com o governo estadual.
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