Na manhã desta sexta-feira, 25, aproximadamente 47 mil imóveis em São Paulo foram atingidos por uma falta de energia elétrica devido a um temporal severo que assolou a capital paulista e suas áreas próximas. A concessionária Enel relatou problemas significativos, com destaque para Pirapora do Bom Jesus. Além disso, cerca de 23 mil clientes ainda estavam sem energia na capital, representando 0,41% da rede afetada.

Em resposta às previsões de chuvas intensas e ventos fortes, a Enel declarou que estava preparada para ativar seu Plano Emergencial de Atendimento, mobilizando cerca de 2.500 profissionais de campo e fortalecendo os canais de comunicação para um atendimento eficiente aos afetados.

Estratégias da Enel para Combater o Desabastecimento

Para amenizar os efeitos da interrupção elétrica, a Enel disponibilizou 500 geradores para hospitais e serviços essenciais. Duas subestações móveis e transformadores também foram destacados para apoio às áreas mais prejudicadas. A equipe operacional estava de prontidão, desde a tarde anterior ao temporal, assegurando respostas rápidas em regiões críticas.

O Corpo de Bombeiros relatou 11 quedas de árvores na capital, aumentando a necessidade de infraestruturas de emergência. Com ventos previstos de até 70 km/h, a Defesa Civil emitiu alertas para áreas vulneráveis, notificando sobre possíveis deslizamentos e alagamentos.

Consequências das Chuvas no Estado

As condições climáticas adversas não se restringiram à capital. O estado de São Paulo enfrentou um clima instável. Modelos meteorológicos indicavam fortes chuvas, especialmente nas regiões metropolitanas e na Baixada Santista, exigindo alta atenção das autoridades.

Na capital, a ação de uma frente fria intensificou as chuvas na zona sul, com previsão de continuidade ao longo do dia, aumentando os riscos de alagamentos e outros incidentes devido a rajadas de vento.

Histórico de Interrupções Energéticas em São Paulo

Este evento não foi o único desafio para o sistema de energia da cidade. Menos de duas semanas antes, um temporal deixou 3,1 milhões de pessoas sem eletricidade, com cerca de 100 mil residências ainda sem energia após cinco dias. Este histórico gerou críticas à Enel em relação à sua capacidade de resposta e manutenção da rede.

• Redução de investimentos: A Enel foi acusada de cortar mais de R$ 100 milhões em investimentos de manutenção no primeiro semestre.
• Protestos: Moradores afetados manifestaram insatisfação devido às dificuldades prolongadas sem eletricidade.
• Falhas no serviço: A demora no restabelecimento da energia gerou dúvidas sobre a eficácia dos planos de contingência.

A situação destaca a necessidade de investimentos substanciais na infraestrutura elétrica de São Paulo para assegurar a estabilidade do fornecimento energético em condições climáticas extremas. As críticas levantam questionamentos sobre a preparação da cidade para enfrentar desafios futuros semelhantes.