O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) André Ramos Tavares (foto) votou nesta quinta-feira (29) por tornar Jair Bolsonaro inelegível por oito anos. Com isso, o plenário da Corte Eleitoral está a um voto da maioria pela perda de direitos políticos do ex-presidente, acusado de abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicações oficiais para promover desinformações sobre o processo eleitoral.

Agora, apresenta o voto o ministro Nunes Marques, considerado a incógnita do julgamento.

Tavares apresentou um voto próximo às teses defendidas pelo presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes: além de estabelecer parâmetros sobre a desinformação, o ministro que tomou posse na corte há poucas semanas disse que seu discurso causou “perturbações severas à democracia e às instituições com intuito eleitoral” e que o caso em si é especial, uma vez que Bolsonaro era o presidente.

“A circunstância, portanto, de ter sido um discurso proferido pelo presidente da República em exercício acaba por fazer prova da gravidade dessa  fala e de outras trazidas aos autos com caráter conspiratório, a partir de mentiras e distorções criadas pelo próprio presidente, justamente porque foram protagonizadas pelo chefe do Executivo do país”, disse Tavares.

Mais cedo, Floriano de Azevedo Marques acompanhou o relator e Raul Araújo foi contra. Na sessão da terça-feira (27), o relator já havia votado pela inelegibilidade do ex-presidente, por abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação.

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