Trump vai rever políticas trans em segundo mandato
“Vamos proteger nossas crianças e acabar com a mutilação química, física e emocional dos jovens americanos”, declarou Trump
Donald Trump intensificou suas críticas às políticas transativistas radicais e anunciou planos para uma ampla revisão dessas normas nos Estados Unidos.
Ele prometeu restringir tratamentos de transição para menores, redefinir o conceito de sexo biológico em documentos federais e limitar a participação de pessoas transgênero nas Forças Armadas.
“Vamos proteger nossas crianças e acabar com a mutilação química, física e emocional dos jovens americanos”, declarou Trump em um vídeo publicado no início de 2023. Ele também prometeu barrar o uso de fundos federais para financiar tratamentos de transição de gênero e apoiar ações legais contra médicos que realizarem esses procedimentos em menores.
A abordagem de Trump contra a ideologia woke foi um dos pontos centrais de sua campanha e ajudou a consolidar votos decisivos. Segundo Terry Schilling, presidente do American Principles Project, o anúncio “Kamala é para eles/elas, Trump é para você” destacou questões culturais e econômicas, associando políticas de gênero ao desperdício de recursos públicos.
“A ideia de financiar cirurgias de mudança de sexo para criminosos, enquanto famílias lutam para pagar por escolas e moradia, foi um ponto que realmente ressoou com os eleitores”, explicou Schilling.
Durante a administração Biden, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) interpretou “discriminação por sexo” como incluindo identidade de gênero, forçando provedores de saúde a realizar procedimentos de transição sob risco de perder fundos federais. Trump prometeu reverter essas políticas, investigando redes hospitalares e farmacêuticas por ocultar os efeitos colaterais de tratamentos de transição.
Grupos conservadores, como a Heritage Foundation e a America First Policy Institute, elogiaram a postura de Trump e destacaram os riscos das intervenções médicas em crianças. Do lado transativista, a oposição é estridente, mesmo que impopular. A American Civil Liberties Union (ACLU) prometeu lançar novos processos contra as medidas do governo Trump que afetam direitos LGBTQIA+.
J.K. Rowling e a defesa de direitos das mulheres
J.K. Rowling, autora da série “Harry Potter”, tornou-se uma das vozes mais proeminentes na discussão global sobre identidade de gênero. Desde 2020, suas declarações públicas e textos longos têm abordado questões relacionadas aos direitos das mulheres, ao impacto das políticas extremistas woke e às implicações de narrativas que, segundo ela, ignoram a realidade biológica.
A autora questiona a ideia de que gênero é uma construção puramente social e critica a crescente pressão para redefinir espaços e direitos femininos. “Quando se ignora o sexo biológico, as consequências não são apenas ideológicas; elas afetam diretamente mulheres e meninas, privando-as de segurança, oportunidades e dignidade”, escreveu em um texto recente.
Rowling frequentemente menciona o impacto das políticas de inclusão de mulheres trans em esportes femininos. “Segundo a ONU, atletas femininas perderam quase 900 medalhas para homens identificados como trans competindo em categorias femininas. Isso não é igualdade; é uma injustiça contra as mulheres”, destacou.
A escritora também expressou preocupação com a segurança em espaços exclusivamente femininos, como banheiros e abrigos para vítimas de violência. “Ao permitir o acesso irrestrito com base na autoidentificação de gênero, estamos desconsiderando riscos reais e colocando mulheres vulneráveis em situações perigosas”, argumentou.
Rowling também critica o que chama de “cancelamento” por parte de elites culturais e acadêmicas. “Aqueles que ousam questionar a narrativa dominante são frequentemente silenciados ou marginalizados”, afirmou, destacando a pressão para que figuras públicas adotem posições alinhadas a uma visão pós-moderna da identidade.
Ela descreve um ambiente em que o debate é reprimido. “Falar sobre a proteção de direitos femininos ou questionar dados biológicos básicos é visto como uma afronta, quando deveria ser um diálogo aberto e honesto.”
Uma das preocupações centrais de Rowling é o crescente número de jovens que buscam transições de gênero, muitas vezes impulsionados por redes sociais ou pressões externas. Ela alerta para os perigos de intervenções médicas irreversíveis em menores, como o uso de bloqueadores de puberdade e cirurgias de redesignação. “Essas decisões têm consequências permanentes. Precisamos de mais dados, mais cautela e menos pressa em afirmar que essas são as únicas soluções possíveis.”
Rowling lembra o óbvio, que sua posição não é de oposição à comunidade trans, mas sim de defesa de um equilíbrio que considere os direitos de todas as partes envolvidas. “É possível lutar contra a discriminação sem comprometer os direitos femininos ou ignorar a realidade biológica. Essa não deveria ser uma questão polarizada, mas uma busca conjunta por justiça e respeito.”
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