O que será dos grandes estúdios de Hollywood?
O famoso estúdio de Hollywood, Paramount Pictures, que produziu filmes como Jornada nas Estrelas, O Poderoso Chefão, Titanic, Missão Impossível e Top Gun Maverick, foi vendido essa semana para a Skydance Media de David Ellison, filho do bilionário dono da Oracle Larry Ellison. A compra, em duas etapas, funciona com o empresário primeiro comprando a National...
O famoso estúdio de Hollywood, Paramount Pictures, que produziu filmes como Jornada nas Estrelas, O Poderoso Chefão, Titanic, Missão Impossível e Top Gun Maverick, foi vendido essa semana para a Skydance Media de David Ellison, filho do bilionário dono da Oracle Larry Ellison.
A compra, em duas etapas, funciona com o empresário primeiro comprando a National Amusements, da família Redstone, atual dona da Paramount, por 2,4 bilhões de dólares em dinheiro. Num segundo momento, Ellison deverá injetar mais dinheiro, totalizando 4,5 bilhões e ainda mais 1,6 bilhão pelo balanço patrimonial do estúdio.
Modelo de negócio sob pressão
O estúdio da montanha na vinheta da abertura, que foi fundado em 1912, vinha perdendo valor desde que se iniciou a guerra dos streamings, criando custos cada vez maiores para encarar uma concorrência difícil e que não se preocupava com prejuízos, certos de que um dia o lucro viria.
Não veio. Desde 2019 ele perdeu mais de 17 bilhões de dólares em valor de mercado e só no primeiro trimestre de 2024 teve que engolir 554 milhões em prejuízos operacionais.
Reestruturação do setor
Não é exclusividade da Paramount esse momento de dinheiro curto. Outros grandes estúdios também estão tendo que se desdobrar em busca de soluções, como é o caso da Warner Bros, que se fundiu com o Discovery.
Mesmo os lendários MGM e Fox foram comprados, respectivamente pela Amazon, para reforçar seu catálogo no streaming, o Prime Video e pela Disney, que por sua vez já se viu citada como possível investimento da Apple, rumor que nunca evoluiu, mas que desde então unificou sua plataforma Star + na mais famosa Disney +.
Seja como for, numa era em que o programa de ir ao cinema perde espaço para assistir filmes e séries na conveniência da sala de casa, os grandes estúdios já estão se reinventando para sobreviver à realidade em que são pequenos quando comparados aos gigantes da tecnologia.
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