O mundo livre começa a perder a paciência com Lula
Para "The Economist", Lula irritou aliados internacionais e já uniu o centro e a direita contra seu governo
A centenária revista britânica The Economist, com linha editorial liberal-progressista e historicamente simpática a Lula, criticou os polêmicos posicionamentos do presidente do Brasil nos últimos dias e suas consequências nas relações internacionais do país.
A recente matéria “Gafes de Lula ofuscam brilho do Brasil no G20” mostra claramente que Lula, a despeito do que dizem analistas e influenciadores alinhados, não está agradando internacionalmente. Na impossibilidade de justificar o injustificável, como a absurda comparação da guerra em Gaza com o Holocausto, os aliados de Lula optaram por relativizar e minimizar as declarações, enquanto dobram a aposta nos ataques verbais a Israel. Não está funcionando.
O tom da crítica da The Economist, que serve de voz para o sentimento majoritário das elites mundiais, ainda é leve e amistoso, classificando as diatribes incendiárias de Lula como “gafes”, mas o texto traz diversos avisos e recados para o Brasil que, segundo a matéria, ainda não decidiu “que país quer ser”.
Mesmo aliviados pela derrota da “extrema-direita”, os bilionários e poderosos que se reúnem anualmente em Davos podem estar começando a perder a paciência com o terceiro-mundismo radical e leniente do petista, além de sua defesa desmedida de ditadores e terroristas, o que cada vez mais contrasta com o pensamento majoritário nas principais democracias do planeta.
Tentar tratar o presidente brasileiro como inimputável ou alguém que apenas cometeu deslizes falando de improviso é, no mínimo, paternalista e condescendente, mas prova que Lula ainda não queimou todas as pontes com as elites mundiais. O recado está dado: se o Brasil continuar ao lado dos regimes autoritários do mundo, é lá que vai ficar.
Lula se acha muito esperto, mas sua alegada esperteza está, como a própria matéria diz, irritando os aliados. Ele deveria ouvir menos Celso Amorim e mais Bezerra da Silva: “malandro é o cara que sabe das coisas, malandro é aquele que sabe o que quer.”
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