O agradecimento de Lula a Campos Neto
Em postagem no X, antigo Twitter, presidente se referiu aos ganhos recentes da economia brasileira e deixou escapar um "elogio" ao BC
Após dias de reclamações contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o petista finalmente deu o braço a torcer e reconheceu em postagem no X, antigo Twitter o trabalho do “cidadão”, como Lula gosta de chamar o chefe da autoridade monetária.
Na publicação, o presidente se refere a manchete do jornal Folha de São Paulo, que aponta que o “Carrinho de famílias no supermercado está mais cheio com inflação e desemprego em baixa“. Sem titubear, o petista carimbou um “o Brasil melhorando no rumo certo” para a notícia.
O trabalho para conter a inflação, levado a cabo pelo Banco Central, e alvo de críticas quase incessantes de Lula é em boa medida resultado do trabalho de Roberto Campos Neto, que apesar de ser vítima das milícias digitais da esquerda brasileira e das críticas vicerais do presidente da República e aliados, manteve a política monetária norteada pelo princípio técnico e pela missão da autarquia.
Sob o comando de Campos Neto, o Banco Central conseguiu trazer a inflação de 12,13% nos doze meses terminados em abril de 2022 para os cerca de 4% para o mesmo período terminado em maio deste ano.
A estratégia pensada pelo atual presidente da autoridade monetária foi abraçada, inclusive, pelos indicados de Lula para o Banco Central, que acompanharam unanimemente a decisão e interromper a queda dos juros básicos quando as expectativas para as contas públicas brasileiras (responsabilidade do petista) começaram a apresentar sinais pouco promissores.
A reportagem da Folha, destacada pelo presidente sem o devido crédito (vale a lembrança), lembra que o motivo para o crescimento do número de itens nos carrinhos brasileiro está relacionado a “dois contextos diferentes“.
“O primeiro deles é comportamental: houve diminuição na ida ao supermercado. “As pessoas estão espaçando mais as compras, enchendo mais o carrinho a cada visita em intervalos maiores”, diz Morais“, que é o diretor de contas da Kantar (empresa responsável pelo levantamento).
“O segundo fator está relacionado a um cenário macroeconômico mais positivo“, destaca o texto, ao citar menor inflação, baixo desemprego e iniciativas de renda das classes mais baixas. Embora indique algumas linhas mais abaixo que a “população vulnerável ainda enfrenta dificuldades no consumo ou não consegue sentir uma melhoria nos preços“.
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