Max brilha e brasileiro é “praticamente” certo na Fórmula 1
Max Verstappen amplia sua vantagem rumo ao tetra e o brasileiro Gabriel Bortoleto é dado como certo para 2025 nos bastidores da Fórmula 1
No caótico GP de São Paulo, Max Vertappen deu uma master class de habilidade e velocidade, vencendo a corrida que teve chuva, safety-car, bandeira vermelha e muitas batidas, isso depois de largar da 17ª colocação do grid. Além disso, segundo os bastidores da categoria, o Brasil estaria prestes a receber uma boa notícia que detalho no final do texto.
Vamos agora à nossa tradicional análise de quem ganhou (poucos) e quem perdeu (muitos) nessa etapa do campeonato.
Quem Ganhou:
- Max Verstappen: O grande vencedor do GP do Brasil. Largando em 17º, Verstappen fez uma corrida sensacional, escalando o pelotão no braço e com uma estratégia precisa durante a bandeira vermelha. Com pneus intermediários novos e ritmo forte, ele não só venceu, como garantiu a volta mais rápida, consolidando sua liderança no campeonato de pilotos. Está cada vez mais próximo de seu quarto título. Sua pilotagem foi impecável.
- Alpine (e a dupla Ocon e Gasly): A surpresa do fim de semana. Esteban Ocon e Pierre Gasly aproveitaram as condições adversas e garantiram um segundo e terceiro lugares, respectivamente. Para uma equipe que vinha decepcionando durante quase toda a temporada, o resultado no Brasil foi uma redenção. Eles saltaram no campeonato de construtores, superando rivais como Williams, Haas e Red Bull.
Quem Perdeu:
- McLaren : Depois de um 1-2 na sprint race de sábado – com Piastri cedendo a vitória para Lando – a expectativa era alta, especialmente com Verstappen largando lá de trás. Só que Norris, que ´perdeu posições nas duas largadas da corrida, só terminou em sexto, enquanto Piastri caiu para oitavo após uma punição.
Foi uma grande oportunidade perdida para a Norris, que praticamente dá adeus à disputa do campeonato de pilotos. Já a McLaren, de quem se esperava mais, mas ao a conseguiu se manter líder do campeonato de construtores.
- Sergio Pérez: Outra corrida para esquecer. Pérez rodou na primeira volta e arriscou com pneus de chuva completa, mas a bandeira vermelha acabou com sua estratégia. O mexicano não marcou pontos e foi superado por Liam Lawson, que certamente está de olho na sua vaga para 2025, assim como Colapinto.
Depois de terminar a corrida anterior em último, ele definiu essa corrida como um “desastre total”. é provavelmente o mesmo que pensa a direção da equipe que fica cada vez mais à vontade para poder substítuí-lo.
- Aston Martin: Sem pontos e com os dois carros batendo na classificação, o domingo foi frustrante para a equipe. Lance Stroll rodou aparentemente por problemas nos freios e quase que voluntariamente atolou na brita, abandonando ainda na volta de aquecimento. Será que ele ainda quer correr de Fórmula 1?
Já Fernando Alonso também teve dificuldades com os freios e suspensão, que fez seu carro, que já é ruim, ficar ainda pior e lhe castigar as costas ao ponto de precisar de amparo ao sair do cockpit no fim da corrida. É impressionante como a equipe técnica dos verdes perderam o rumo no seu desenvolvimento. - Williams: Além de não capitalizar a oportunidade de marcar pontos importantes algo sempre mais viável em corridas caóticas como essas (que diga a Alpine), eles ainda tiveram prejuízo duplo: viram os fgrancese passarem na tabela de pontos e destruiram seus carros três vezes, duas na classificação, com Albon sequer conseguindo largar e uma na corrida com Colapinto rodando e batendo sob safety-car quando corria para alcançar o pelotão.
O problema é que substittuir todas essas peças custa caro e pode não ser possível devido ao teto orçamentário da categoria, criando a possibilidade de terem que correr com carros “remendados” nas demais etapas, por ser mais barato que produzir peças 100% novas, o que também pode impactar no seu desempenho.
- Mercedes: Russell chegou a liderar a corrida, mas uma estratégia equivocada durante a bandeira vermelha, a mesma da McLaren de Norris, o fez perder posições, ficando fora do pódio. Hamilton, em outra corrida complicada, conseguiu apenas um 10º lugar e deixou clara sua frustração com a sequência de resultados ruins da equipe e já mira 2025 pela Ferrari.
- Ferrari: A equipe italiana teve um fim de semana difícil. Sainz bateu e Leclerc, sem ritmo para brigar pelas primeiras posições, viu sua equipe perder terreno para a McLaren no campeonato de construtores, mas ainda segue vide, à frente da Red Bull, já que esta só pode contar com um piloto nos pontos.
Brasil de volta à Fórmula 1?
Em paralelo ao Grande Prêmio, a contratação do brasileiro Gabriel Bortoleto pela Sauber, que a partir de 2026 será Audi, foi dada como “praticamente” certa nos corredores da categoria durante o final de semana, faltando, segundo várias pessoas com bom trânsito nos bastidores, apenas o anúncio oficial, que deve sair em breve. Mas entre o rumor, por mais forte que seja, e o documento assinado, é melhor aguardar.
De toda forma é bom salientar que a Sauber é, hoje, a pior equipe do grid, quadro que não deve mudar tão cedo, então ele e o experiente Nico Hülkenberg, sob comando de Mattia Binotto, terão uma missão bastante desafiadora pela frente até tornarem-se competitivos e enquanto isso a torcida brasileira precisará ter os pés no chão quanto às expectativas de resultados que eles poderão obter a curto e médio prazo.
Eis o resultado completo do GP de São Paulo de Fórmula 1:
1) Max Verstappen (Red Bull/Honda RBPT), 69 voltas
2) Esteban Ocon (Alpine/Renault), (+19.477s)
3) Pierre Gasly (Alpine/Renault), (+22.532s)
4) George Russell (Mercedes), (+23.265s)
5) Charles Leclerc (Ferrari), (+30.177s)
6) Lando Norris (McLaren/Mercedes), (+31.372s)
7) Yuki Tsunoda (RB/Honda RBPT), (+42.056s)
8) Oscar Piastri (McLaren/Mercedes), (+44.943s)
9) Liam Lawson (RB/Honda RBPT), (+50.452s)
10) Lewis Hamilton (Mercedes), (+50.753s)
11) Sergio Pérez (Red Bull/Honda RBPT), (+51.531s)
12) Oliver Bearman (Haas/Ferrari), (+57.085s)
13) Valtteri Bottas (Sauber/Ferrari), (+1’03.588s)
14) Fernando Alonso (Aston Martin/Mercedes), (+1’18.049s)
15) Zhou Guanyu (Sauber/Ferrari), (+1’19.649s)
Carlos Sainz (Ferrari) – Abandonou
Franco Colapinto (Williams/Mercedes) – Abandonou
Nico Hülkenberg (Haas/Ferrari) – Abandonou
Lance Stroll (Aston Martin/Mercedes) – Abandonou
Alexander Albon (Williams/Mercedes) – Abandonou
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