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Ditadores seguem escalando tensões e desafiando ordem internacional

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Alexandre Borges
3 minutos de leitura 01.01.2024 11:50 comentários
Análise

Ditadores seguem escalando tensões e desafiando ordem internacional

O início de 2024 foi marcado por discursos e ações de ditadores da China, Rússia, Coreia do Norte e Irã, evidenciando uma crise de liderança e mais um passo para o fim da pax americana, período de relativa paz mundial após a Segunda Guerra Mundial.

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Ditadores seguem escalando tensões e desafiando ordem internacional
Foto: Governo da China/via Fotos Públiicas

O início de 2024 foi marcado por discursos e ações de ditadores da China, Rússia, Coreia do Norte e Irã, evidenciando uma crise de liderança e mais um passo para o fim da pax americana, período de relativa paz mundial após a Segunda Guerra Mundial.

O presidente americano Joe Biden, octogenário e com baixa popularidade, parece incapaz de lidar com a situação de escalada de tensões no mundo de forma eficaz num ano em que tentará uma reeleição muito acirrada e extenuante contra Donald Trump.

Líderes europeus como Emmanuel Macron (França), Olaf Scholz (Alemanha) ou Rishi Sunak (Reino Unido) também não mostram os requisitos necessários para o avanço das negociações de paz. Até na América Latina, região pouco caracterizada em tempos recentes por guerras, Nicolás Maduro (Venezuela) se sentiu à vontade para anunciar a invasão da vizinha Guiana. Não é coincidência.

China e Taiwan

Xi Jinping, presidente da China, reafirmou a intenção de “reunificar” Taiwan com a China, uma questão sensível desde a separação em 1949. A China tem aumentado sua pressão militar na região, com exercícios militares frequentes. Taiwan, uma democracia, opõe-se à reunificação com a ditadura comunista chinesa.

Rússia e Ucrânia

Vladimir Putin, presidente da Rússia, insiste que seu país não recuará na guerra contra a Ucrânia, iniciada em 2014 com a anexação da Crimeia e intensificada em fevereiro de 2022 com a nova invasão. Este conflito já resultou em milhares de mortes e deslocamentos. Para o ideólogo de Putin, Alexandr Dugin, “a Terceira Guerra Mundial já começou”.

Coreia do Norte

Kim Jong-un, tirano da Coreia do Norte, anunciou que está preparando seu exército para uma possível guerra, intensificando testes de armas e lançando satélites militares espiões. A península coreana é uma região de alta tensão desde a Guerra da Coreia (1950-1953), e a escalada é perigosa porque a ditadura norte-coreana possui armas nucleares.

Irã e Israel

O Irã continua financiando grupos como o Hamas e se opõe radicalmente à existência do Estado de Israel. No Mar Vermelho, os Hutis (ou “Houthis”), um grupo rebelde do Iêmen também apoiado pelo Irã, têm atacado embarcações comerciais, aumentando a instabilidade na região.

O fim da URSS, uma aula histórica de liderança

É impossível contar a história da derrocada da URSS no início dos anos 90 sem mencionar o papel fundamental de três lideranças mundiais: Ronald Reagan, Margareth Thatcher e o Papa João Paulo II. Juntos, deram o respaldo político, militar e moral para que a “Cortina de Ferro” fosse derrotada sem um único tiro disparado, libertado parte significativa do mundo do domínio da ditadura imperialista soviética.

Sem figuras desta dimensão histórica no cenário mundial, a escalada de conflitos mundiais parece inevitável em 2024. As eleições americanas, que ocorrerão em novembro, podem apontar para um cenário de continuidade ou mudança.

“A Terceira Guerra Mundial já começou”

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