Nunes vai jogar na retranca; problema para Boulos Nunes vai jogar na retranca; problema para Boulos
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Debate da Band: Nunes vai jogar na retranca; problema para Boulos

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Wilson Lima
3 minutos de leitura 15.10.2024 13:26 comentários
Análise

Debate da Band: Nunes vai jogar na retranca; problema para Boulos

Sem o apoio de eleitores de Centro, deputado federal dependerá de um fato novo para conseguir desgastar imagem do atual prefeito de São Paulo

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Wilson Lima
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Debate da Band: Nunes vai jogar na retranca; problema para Boulos
Foto: TV Band

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), demonstrou ao longo de todo o debate da TV Band, realizado nesta segunda-feira à noite, que vai jogar na retranca durante o segundo turno da disputa pela Prefeitura de São Paulo.

A notícia ruim para Guilherme Boulos nem é, necessariamente, a postura defensiva que será adotada pelo chefe do executivo municipal a partir de agora, mas a falta de um arsenal relevante que possa dinamitar a vantagem de Nunes, hoje na casa dos 20 pontos percentuais conforme pesquisa Datafolha divulgada na semana passada.

Ao longo de duas horas, Boulos tentou encurralar o prefeito em diversos assuntos, mas não houve nenhum ‘fato novo’. O parlamentar insistiu na tese de que a prefeitura tem responsabilidade direta pelo apagão em São Paulo pela falta de poda em árvores. Na prática, uma meia-verdade e apenas um elemento mínimo diante de um problema bem maior.

A insistência de Boulos nesse assunto ao longo de um terço do debate mostra, indubitavelmente, o tamanho do desafio que o deputado federal terá neste segundo turno. Os outros dois terços do programa foram gastos com denúncias que já são de conhecimento público – ainda na fase da pré-campanha -, como a investigação da Polícia Federal (PF) mirando aliados de Nunes na chamada ‘máfia da merenda’, por exemplo. Em terminado momento do debate, Boulos pediu que Nunes abrisse seu sigilo bancário. Teve como resposta um sonoro: “Você não sabe o que é trabalhar, né?”

As pesquisas em São Paulo mostravam, desde o início da campanha, que um terço do eleitorado paulistano tenderia a votar em um candidato apoiado por Jair Bolsonaro e outro terço tenderia a votar em um candidato apadrinhado por Lula e um terço optaria por um nome de centro. Com a entrada de Pablo Marçal no jogo, o ex-coach conseguiu consolidar o eleitor de direita, Nunes ficou com os de centro e Boulos com os de esquerda. Automaticamente, Nunes tende a herdar os eleitores de Marçal e Boulos terá pouca penetração junto ao eleitor de centro.

Por essa razão, só um fato novo – expressivo e contundente – seria capaz de elevar a rejeição de Nunes a ponto de ele perder para Boulos. Esse cenário é possível? Sim. Mas um segundo turno de tiro curto joga contra Boulos e a favor do prefeito de São Paulo.

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Wilson Lima

Wilson Lima é jornalista formado pela Universidade Federal do Maranhão. Trabalhou em veículos como Agência Estado, Portal iG, Congresso em Foco, Gazeta do Povo e IstoÉ. Acompanha o poder em Brasília desde 2012, tendo participado das coberturas do julgamento do mensalão, da operação Lava Jato e do impeachment de Dilma Rousseff. Em 2019, revelou a compra de lagostas por ministros do STF.

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