Brasil numa Fórmula 1 cheia de novidades
Vamos analisar o perfil e os desafios dos 6 jovens pilotos da Fórmula 1 no grid de 2025, que promete ser bem interessante
2025 começa cheio de novidades na Fórmula 1, ao menos no grid. Entre os veteranos tivemos a dança das cadeiras com Hamilton na Ferrari, Sainz na Williams, Esteban Ocon na Haas e Nico Hülkenberg na Sauber.
Ainda entre quem já estava na Fórmula 1 há algum tempo, temos vários nomes que foram dispensados e não devem alinhar no grid esse ano: Sergio Perez na Red Bull, Valtteri Bottas e Zhou Guanyu na Sauber e Kevin Magnussen na Haas.
Daniel Ricciardo e Logan Sargeant perderam os empregos na segunda metade da temporada e o jovem argentino Franco Colapinto também não conseguiu vaga para seguir, mas pode voltar a categoria no futuro, pois deixou uma boa impressão apesar das batidas.
Mas além da curiosidade de saber como Hamilton vai se sair comparado à Leclerc, são os 6 pilotos jovens, entre eles o brasileiro Gabriel Bortoleto, que farão suas primeiras temporadas completas na categoria, que despertam o maior interesse nessa temporada que vai se iniciar com os testes de pré-temporada em 25 de fevereiro.
Vamos analisar brevemente o perfil e desafios dessa meia dúzia de jovens pilotos:
- Gabriel Bortoleto: o brasileiro campeão da Fórmula 2 estreia pela equipe mais fraca do grid, o que pode ser positivo, pois baixa as expectativas e, portanto, a pressão por resultados exuberantes. Dentre os que estreiam na Fórmula 1, é o que tem menos experiência com carros da categoria, com apenas um teste privado, o que deve pesar um pouco no embate com o reconhecidamente rápido Hülkenberg. Errar pouco e aprender muito será seu mantra. Seu e de todos os demais novatos, convenhamos.
- Kimi Antonelli: o jovem italiano vai estrear sob pressão, pois já começa em uma equipe de ponta, a Mercedes, e ao lado de George Russell, que superou Hamilton nos últimos anos. Seu objetivo será o mesmo de todos os novatos: repetir Piastri em 2023: não ficar longe de seu companheiro de equipe e não cometer muitos erros, mostrando uma curva de aprendizagem sólida.
- Isack Hadjar: O rival francês de Gabriel Bortoleto na Fórmula 2 entra na vaga de Liam Lawson na Racing Bulls. Ele é rápido e agressivo, o que lhe rendeu algumas críticas, e tem alguma experiência com carros na categoria, já que participou de alguns testes e de sessões de treinos livres durante finais de semana de corrida. Seu comparativo é Yuki Tsunoda, injustiçado na disputa pela vaga na Red Bull e sabidamente rápido e com autocontrole cada vez mais sólido.
- Jack Doohan: o jovem piloto da Alpine nunca foi tido como um talento extraordinário, mas ainda assim é um bom piloto. Dizem que, na verdade, Flávio Briatore quer Franco Colapinto em seu lugar e espera que o australiano tropece nas primeiras 5 ou 6 etapas de 2025 para poder dispensá-lo “por justa causa”, então já começa a temporada ao lado de Gasly com a pressão de não saber se irá terminar.
- Oliver Bearman: este pode ser considerado o grande responsável pela onda de novatos no grid, depois de chegar a um sólido 7º lugar com a Ferrari do acamado Sainz no ano passado. Depois ainda correu na Haas por duas corridas onde saiu-se bem e adquiriu valiosa experiência prática. Ao lado de Ocon, sua obrigação também é aprender muito, errar pouco e, quando possível, dar canseira no francês.
- Liam Lawson: o último dessa lista nem é tão novato assim, já que disputou 11 GPs de Fórmula 1, 2 em 2023 e 9 em 2024. Ele tem falas e atitudes que demonstram boa autoconfiança, ainda que não tenha mostrado nenhum lampejo de excepcionalidade até agora. Só que agora ele está na Red Bull, como dupla de Max Verstappen, que historicamente é um moedor de companheiros de equipe, posição que já coloca automaticamente extrema pressão sobre seus ombros. Pergunte aos dispensados Perez, Albon, Gasly, Kvyat…
Com todas essas trocas de lugar entre pilotos de diferentes gerações e o fato dos carros de 2025 serem os últimos criados sob o atual regulamento técnico, onde as principais equipes já estão mais próximas do limite de desenvolvimento do conceito e as equipes menores se aproximando delas, e ainda com todos já focados nos carros de 2026, que serão completamente diferentes, deveremos ter um campeonato bem competitivo que tem tudo para já nos deixar com saudades.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)