Análise de Meio de Ano da Fórmula 1 – Parte 1
Vamos examinar as cinco equipes que estão na parte inferior da tabela do campeonato e cuja luta é pontuar, não vencer.
Com a chegada das férias de meio de ano na Fórmula 1, as equipes estão proibidas de trabalhar por duas semanas, o que inclui não poderem acessar seus escritórios. Este é o momento certo para uma análise do desempenho das equipes e seus pilotos até agora.
Agora vamos examinar as cinco equipes que estão na parte inferior da tabela do campeonato de construtores e cuja luta, em circuntâncias normais, é pontuar, não vencer. Na próxima semana, abordaremos as cinco equipes mais bem posicionadas.
RB Honda RBPT – 34 pontos
A equipe secundária da Red Bull começou a temporada com um carro instável, apesar de usar vários componentes idênticos aos da equipe principal, como motor, câmbio e suspensões.
Com exceção de algumas ocasiões, a equipe tem sido consistente, pontuando em 10 das 14 corridas, mas sem alcançar maiores resultados. A RB Honda RBPT continua a se desenvolver como uma equipe de meio de grid, sem grandes ambições, até por não contar com os melhores pilotos ou nomes na área técnica, pois quando se destacam, na maioria das vezes são chamados à “nave mãe”.
Yuki Tsunoda tem se mostrado mais maduro e rápido em comparação com Daniel Ricciardo, que ainda luta para recapturar seu brilho de outrora. Será que consegue? Nenhum dos pilotos está sendo considerado para a equipe principal no momento, mas isso pode mudar se Perez seguir decepcionando.
Tsunoda renovou seu contrato para 2025, enquanto Ricciardo aguarda seu futuro com incerteza, já que o jovem Liam Lawson é cotado para substituí-lo.
Haas Ferrari – 27 pontos
A equipe americana que utiliza motores e componentes da Ferrari, teve como objetivo melhorar sua performance em relação à temporada anterior, na qual terminou na última posição. Conseguiu.
Embora tenha mostrado desempenho sólido em pistas de maior velocidade, como Silverstone, a equipe ainda luta com a inconsistência, como vimos em Spa, em que, por suas curvas de alta velocidade, deveriam ter se saído bem.
Nico Hulkenberg tem se destacado na pontuação e classificações, garantindo um contrato com a Sauber (Audi) para 2025.
Já Kevin Magnussen, conhecido por sua velocidade, tem se envolvido em muitos incidentes e foi dispensado para a próxima temporada e tem poucas corridas para melhorar sua imagem e tentar a sorte em outra equipe.
Alpine Renault – 11 pontos
A Alpine enfrenta uma temporada difícil, com resultados bem abaixo das expectativas para uma equipe oficial da Renault. Problemas internos, como a constante saída de engenheiros e chefes e a recusa de Carlos Sainz em se juntar à equipe, sinalizam o tamanho da bagunça.
A chegada do controverso Flávio Briatore como consultor sugere mudanças, incluindo a provável decisão de não usar motores Renault a partir de 2025, o que seria uma tremenda admissão de fracasso.
Esteban Ocon já foi informado de sua saída e vai para a Haas, enquanto Pierre Gasly permanece, mas sem expectativas claras de sucesso em meio à aparente indecisão em relação aos caminhos que a Alpine quer trilhar.
Williams Mercedes – 4 pontos
A tradicional equipe Williams iniciou o ano com um carro cerca de 15 quilos acima do peso, o que resultou em uma desvantagem de aproximadamente 0,4s por volta, muita coisa no grid atual.
Embora tenham conseguido reduzir parte do peso, o carro ainda apresenta deficiências aerodinâmicas. Alex Albon conseguiu pontuar em poucas ocasiões, enquanto Logan Sargeant errou muito apesar de uma leve melhora recente.
O chefe da equipe, James Vowles, conseguiu atrair Carlos Sainz para os próximos anos, sinalizando que as novas contratações na área técnica e reformas da fábrica criaram esperança concreta de evolução a médio e longo prazo.
A Sauber tem sido uma das maiores decepções da temporada, com problemas de gestão e desempenho.
Kick Sauber Ferrari – 0 ponto
O fato de ter a Audi por trás, que deveria melhorar a situação, ainda não mostrou resultados, pelo contrário: problemas simples, como falhas de porca nos pit-stops, demoraram a ser sanados, mostrando como a coisa lá está difícil.
A disputa interna pelo poder resultou na contratação de Mattia Binotto como novo chefe em mais um rearranjo interno, com demissões da antiga liderança. Até agora, a equipe não conseguiu marcar pontos, e o futuro dos pilotos Valtteri Bottas e sobretudo Zhou Guanyu é incerto.
Na próxima semana, vamos analisar as cinco equipes mais bem posicionadas na tabela de pontos: Aston Martin, Mercedes, Ferrari, McLaren e líder cada vez mais ameaçada, Red Bull.
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