Uma semana nas mãos do crime
Uma chacina planejada para apenas engordar as estatísticas da violência no Rio de Janeiro acabou se transformando em caso de investigação federal. O assassinato de três médicos, entre eles o...
Uma chacina planejada para apenas engordar as estatísticas da violência no Rio de Janeiro acabou se transformando em caso de investigação federal. O assassinato de três médicos, entre eles o irmão da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), mobilizou as forças policiais de dois estados, além da Polícia Federal. As investigações levam a crer que o ataque foi fruto do caso, contudo, e o próprio crime já teria se encarregado de sentenciar à morte os responsáveis pelos homicídios.
O episódio expôs ainda mais o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, criticado por aliados petistas pela falta de um plano nacional de segurança. Dino apresentou um plano genérico nesta semana e voou para a Bahia, na expectativa de mostrar algum serviço no estado mais violento do país — e governado há 17 anos pelos mesmos aliados petistas que o criticam.
A semana teve também o avanço do Congresso Nacional sobre o Supremo Tribunal Federal (STF). Ou seria um contra-ataque? Depois de os ministros do STF deliberarem sobre terras indígenas, aborto e drogas, os parlamentares desengavetaram projetos para limitar as decisões monocráticas do juízes e estabelecer tempo de mandato para suas passagens pelo Supremo.
Em São Paulo, o destaque foi a greve dos metroviários, que saiu pela culatra. Os únicos serviços que funcionaram durante a paralisação, um protesto contra os planos de privatização de Tarcísio de Freitas, foram exatamente os das linhas que já foram concedidas à iniciativa privada. Os funcionários do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) decidiram na última quinta-feira (5) não repetir a paralisação na próxima semana.
A semana teve ainda mais bate-boca na CPMI do 8 de janeiro, que está em vias de acabar e tratou durante alguns minutos das sobrancelhas do deputado Marco Feliciano (PL-SP) e do xampu da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), com mediação do sempre sereno Abílio Brunini (PL-MT).
Para terminar, o Ministério a Saúde botou Batcu para o Brasil inteiro ouvir e, depois, pediu desculpas. “Você não acreditou / Quando eu falei pra tu / Que o corpo nunca para / Quando toca toca toca o batcu”, diz a letra da música. De fato, foi inacreditável.
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