Cautela antes de payroll pode ajudar ativos nacionais
Após alívio pontual ontem, cenário internacional permanece incerto e expectativas sobre os juros nos Estados Unidos devem reagir a dados do Payroll amanhã, que vai mostrar a força do mercado de trabalho americano...
Após alívio pontual ontem, cenário internacional permanece incerto e expectativas sobre os juros nos Estados Unidos devem reagir a dados do Payroll amanhã, que vai mostrar a força do mercado de trabalho americano. Até lá, os investidores globais parecem ter adotado uma postura de cautela.
Agora pela manhã, bolsas asiáticas fecharam com ganhos. e os mercados europeus operam com alta modesta. Futuros de Wall Street indicam uma sessão de leve queda, com S&P 500 em -0,22% e Nasdaq em -0,13%.
Na agenda econômica, às 9h30, os Estados Unidos divulgam dados do número de novos pedidos de desemprego. Por aqui, IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) amanhã, às 8h, deve mostrar aceleração na pressão sobre os preços na leitura mensal, que passaria de 0,05% em agosto para 0,26% em setembro, de acordo com as expectativas. No levantamento anual, o indicador deve permanecer negativo em -5,50%, contra -6,91% dos últimos 12 meses terminados em agosto.
No cenário político, o projeto de lei que prevê a taxação dos fundos offshore e de exclusivos teve a votação adiada para o dia 24 de outubro, após a volta do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, de viagem de dez dias à Ásia e à China.
O governo tinha a expectativa de votar o projeto de taxação das offshores e dos fundos exclusivos ontem, porém, diante da obstrução do projeto de lei e da resistência por parte dos ruralistas, os próprios governistas decidiram não arriscar. O adiamento não parece estar relacionado a divergências sobre o projeto, mas sim às dificuldades em garantir o quórum necessário, especialmente devido à proximidade do feriado do dia 12.
Paralelamente, estão ocorrendo negociações envolvendo uma nova proposta do Ministério da Fazenda para os JCP (Juros sobre Capital Próprio). A proposta não deve simplesmente acabar com mecanismo, mas sim enquadrar a distribuição de lucros como despesa, permitindo seu abatimento no Imposto de Renda e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Essa proposta tem circulado como uma alternativa diante das resistências ao fim do JCP.
No Senado, foi aprovado um projeto que visa a compensar a perda de arrecadação dos estados devido à redução da alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre combustíveis no ano passado. O texto projeto prevê a antecipação de R$ 10 bilhões para estados e municípios, além de repasses extras de R$ 2,3 bilhões para o FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e R$ 1,6 bilhão para o FPE (Fundo de Participação dos Estados e Distrito Federal).
É importante ressaltar que os senadores mantiveram um dispositivo que reduz o piso constitucional destinado à saúde, passando de R$ 20 bilhões para R$ 5 bilhões. Agora, o texto segue para a sanção presidencial.
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