Metrô e CPTM vão à Justiça contra a greve
O Metrô e a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) anunciaram que irão recorrer à Justiça para combater a greve dos trabalhadores do transporte sobre trilhos, que está ocorrendo em conjunto com os servidores da Sabesp (Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo), nesta terça-feira (03).
O Metrô e a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) anunciaram que irão recorrer à Justiça para combater a greve dos trabalhadores do transporte sobre trilhos, que está ocorrendo em conjunto com os servidores da Sabesp (Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo), nesta terça-feira (03).
De acordo com as empresas, o sindicato não está cumprindo uma determinação judicial que previa a presença de 100% do contingente trabalhando nos horários de pico e 80% nos demais horários.
Em caso de descumprimento, o sindicato poderá ser multado em R$ 500 mil, conforme estabelecido na decisão judicial proferida pelo desembargador Celso Ricardo Peel Furtado de Oliveira, do TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho).
Segundo a decisão, os metroviários deveriam manter todas as operações nos horários de pico, das 6h às 9h e das 16h às 19h, além de garantir um efetivo de 80% nos demais horários.
Nesta manhã, dois oficiais de Justiça estiveram no centro de controle operacional do Metrô e da CPTM para verificar o cumprimento da decisão judicial. Segundo o governo, constatou-se que a determinação do TRT não estava sendo seguida.
Diante desse descumprimento, o Metrô e a CPTM decidiram tomar medidas legais necessárias para cumprir as penalidades estabelecidas pelo judiciário, afirmou o estado.
O sindicato, por sua vez, está recorrendo da decisão judicial, alegando que ela viola o direito constitucional de greve. Além disso, reafirma que, como alternativa à paralisação, os trabalhadores se disponibilizaram a operar as catracas de forma gratuita.
A greve, que está sendo organizada em conjunto com os servidores da Sabesp, tem como objetivo protestar contra o plano de privatização das empresas pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Mais cedo, o governador de São Paulo reclamou em entrevista coletiva de motivação política na paralisação dos serviços do Metrô e da CPTM nesta terça-feira (3). “É a quarta tentativa de greve, a segunda efetivada em um período curto, claramente há uma motivação política”, disse o governador em entrevista coletiva concedida para comentar a greve.
“Basta ver os vídeos das assembleias para perceber a motivação política, o que tem por trás. Eles deixam muito claro em cada manifestação”, protestou Tarcísio. “Infelizmente nós temos hoje uma confusão de sindicato com partido político. O controle desses sindicatos por determinados partidos. Partido que já mostra que não tem a menor disposição para dialogar”, criticou.
Tarcísio também questionou, “E que estão pleiteando, por exemplo, eleição municipal no ano que vem. E aí eu fico me perguntando: o que será de uma cidade governada por uma pessoa que não vai querer dialogar com o governo?”, em referência ao deputado Guilherme Boulos (Psol-SP), o principal aspirante da esquerda à Prefeitura de São Paulo no próximo ano.
Paralisação
No caso do Metrô, operam apenas as linhas 4-Amarela e 5-Lilás, cujas operações já foram concedidas à iniciativa privada, assim como as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, da CPTM, informa o governo de São Paulo em balanço. As linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata estão fechadas desde as 5h30. O mesmo ocorre com as linhas de trem da CPTM, 10-Turquesa, 12-Safira e 13-Jade — as linhas 7-Rubi e 11-Coral funcionam parcialmente, de Guaianazes a Luz. Os serviços da Sabesp não foram prejudicados.
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