IPCA melhor que esperado ajuda a segurar juros e garantir alta na bolsa
A divulgação de dados da inflação oficial abaixo do esperado pelo mercado, animou os investidores e impulsionou a redução das taxas de juros futuros. Apesar do movimento, as apostas relacionadas ao próximo corte da Selic pelo Copom...
A divulgação de dados da inflação oficial abaixo do esperado pelo mercado, animou os investidores e impulsionou a redução das taxas de juros futuros. Apesar do movimento, as apostas relacionadas ao próximo corte da Selic pelo Copom (Comitê de Política Monetária), na semana que vem, continuam em 0,5 ponto percentual. A precificação na curva futura, no entanto, começa a aumentar as possibilidades de um corte mais agressivo nas duas reuniões seguintes, em novembro e dezembro.
Com os juros mais comportados em função dos números do IPCA, a bolsa de valores brasileira se descolou do exterior e encerrou o dia em alta, enquanto os principais mercados acionários na Europa e nos Estados Unidos tiveram sessões no vermelho.
Por aqui, o Ibovespa engatou a segunda sessão no positivo e chegou a ultrapassar os 118 mil pontos no meio da tarde. No fechamento, porém, o índice se afastou das máxima e encerrou o dia em alta de 0,93% aos 117.967 pontos. O indicador foi puxado pelo setor imobiliário e pelo varejo, com a perspectiva de dias melhores com custos de financiamento mais baixos no futuro.
Além disso, o petróleo em forte alta nos últimos dias também puxou as ações da Petrobras para o terreno positivo. Com o preço da commodity acima dos US$ 90 e a defasagem entre o preço dos combustíveis praticados no Brasil e os no exterior aumentando, os investidores acreditam que a correção interna deve ocorrer em breve. Atualmente, a diferença está em -10% para a gasolina e -17% para o diesel, de acordo com dados da Abicom (Associação Brasileira de Importadores de Combustível). Vale lembrar que no último reajuste anunciado pela estatal essa margem estava próxima a 30%.
O dólar encerrou e recuperou contra o real, após a queda de ontem e se encaminhava para terminar a terça-feira em alta de cerca de 0,5%, cotado a R$ 4,95. A divisa brasileira foi uma das piores performances entre as emergentes no dia, ficando atrás somente das moedas da Romênia, Hungria e Polônia.
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