Último IPCA pré-Copom pode definir próximo corte da Selic
Os dados da inflação oficial para o mês de agosto vão compor as variáveis dos investidores para a definição das apostas sobre o próximo movimento do Banco Central para a taxa básica de juros...
Os dados da inflação oficial para o mês de agosto vão compor as variáveis dos investidores para a definição das apostas sobre o próximo movimento do Banco Central para a taxa básica de juros. Para o mercado, as chances de um corte acima dos 50 pontos base apontados pelo Copom (Comitê de Política Monetária) na reunião passada são praticamente nulas. A curva de juros futuros precifica uma redução na taxa básica de juros de 0,51 p.p. na próxima reunião do colegiado, nos dias 19 e 20 de setembro.
A retomada da trajetória de aceleração do IPCA na leitura de agosto deve contribuir para manter as expectativas de corte sem alteração. De acordo com o consenso Bloomberg, o índice deve subir para 0,28% no mês, contra alta e 0,12% em julho. No levantamento anual, o indicador deve passar para 4,66% nos últimos doze meses até agosto, de 3,99% no mesmo período finalizado no mês anterior. Vale lembrar que a meta de inflação para este ano é de 3,25%, com limite de tolerância até 4,75%.
Entre os motivos para que o Banco Central não assuma uma postura mais relaxada sobre os juros, além da aceleração inflacionária, está a surpresa positiva do PIB (Produto Interno Bruto) no 2º trimestre, as preocupações com a saúde fiscal do país e a pressão para mais aumentos nos combustíveis com a retomada da alta dos preços do petróleo, com o barril do tipo Brent voltando a ficar acima do patamar de US$ 90.
No cenário político, a Câmara dos Deputados retoma a votação sobre as apostas esportivas. Além disso, uma possível consulta do governo ao TCU (Tribunal de Contas da União) para evitar os gastos mínimos constitucionais em saúde e educação pode trazer alguma repercussão aos investidores em função do impacto fiscal.
No exterior, otimismo com reaceleração da inflação na China pode ajudar papéis de exportadoras brasileiras na B3. Além disso, a semana também tem dados sobre preços nos Estados Unidos, na quarta-feira, e decisão sobre juros na Zona Euro, na quinta-feira.
No campo das commodities, o minério de ferro renovou máxima recente em Singapura e encerrou a primeira parte da sessão por lá em US$ 117,65 a tonelada. Nos últimos 30 dias, a commodity acumula quase 20% de alta. O petróleo tem leve queda (-0,23) na manhã de hoje, mas se mantém acima dos US$ 90 o barril para o Brent.
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